Democrash
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Democrash

Lisbon, Lisbon, Portugal | Established. Jan 01, 2014 | INDIE

Lisbon, Lisbon, Portugal | INDIE
Established on Jan, 2014
Band Rock Punk

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Music

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"Democrash"

É um supergrupo de músicos experientes que só agora está a começar. O som não é novo, mas é particularmente bem explorado, nas amplas fronteiras de um género que os próprios definem como "rock'n'roll or whatever".

Que é, mais rigorosamente, uma trip de rock independente, com influência dos Television, Sonic Youth ou Morphine, estes últimos particularmente no uso do saxofone(de Vítor Maritns), um importante elemento distintivo do octecto.

Também deixa marca o inteligente uso da eletricidade, onde nunca se perde de vista o sentido punk ou pós-punk. E também a linha de baixo-bateria, uma base fervilhante onde tudo se sustenta. E, claro, também as vozes incontidas ao estilo do melhor punk. Is this Rock'n'roll? é sem dúvida o tema de mais rápido impacto, mas democrash, uma espécie de cartão de apresentação, é onde a banda melhor se explica e se expande em devaneios sonoros. E até lembra Pop del'Arte. - Jornal de Letras, 3 de Fevereiro, 2016 - Manuel Halpern


"Democrash - Da garagem ao fundo da rua"

O que distingue os Democrash de uma banda de garagem composta por adolescentes são, de grosso modo, os cerca de 30 anos a mais que já carregam nas pernas. De resto, a atitude é a mesma e o espírito também.
É por isso que o álbum de estreia dos Democrash - que será mostrado ao vivo esta sexta-feira, 22 de Janeiro, a partir das 22h30, no Sabotage(Cais do Sodré, Lisboa) - tem a virtude de nos transportar, de forma quase imeditada, para uma garagem obscura cheia de beatas mal apagadas e garrafas de whisky vazias. Em termos sonoros, grande parte do disco remete para os Parquet Courts e para um punk-rock mais elaborado, que vai além da velha máxima dos três acordes e que não cheira a bafio.
No entanto, é nos momentos menos característicos do álbum que a banda atinge o seu expoente máximo; Delete Me, que a espaços tem uma linha de baixo que nos transporta para o universo de Doolitle, dos Pixies, é lombo de primeira qualidade; This is Democrash - que, por sua vez, tem uns tiques à Joy Division(em bom rigor, do tempo em que ainda eram Warsaw) - está perto da perfeição.
Fosse todo o álbum assim e estaríamos perante um candidato a disco do ano. - Revista Sábado, 21 Janeiro, Filipe Lamelas


"Espírito Rock"

Das Caldas já se sabe, vem sempre boa música. Estes Democrash são uma banda rockà antiga, daquelas que nos habituámos a ouvir enquanto crescíamos, em vinis riscados pelo uso ou em cassetes regravadas infinitamente. O som sujo, rugoso e estridente está num cruzamento entre o proto-punk de uns Stooges ou de uns Television, o psicadelismo dos 70 e o pós-punk dos 80. São, ao mesmo tempo, herdeiros e sobreviventes de um certo espírito rock, ciclicamente dado como desaparecido, mas que teima em manter-se vivo. Pormenor importante: todos os elementos têm mais de 45 anos e trabalham em profissões tão estranhas como edição de imagem, realização de filmes, edição de livros, design gráfico ou advocacia.
Ou seja, fazem música pela música e fazem-na bem, como se comprova neste álbum de estreia homónimo, produzido pelo inglês Joe Fossard. São oito temas, cantados em inglês, com o condão de despertar algumas das melhores memórias do rock. E soam a algo fresco, que dá vontade de dançar e saltar. A dada altura, os próprios se perguntam: "Is this Rock'n'Roll"? Sim, "This is Democrash"... - Revista Visão, 7 de Janeiro, Miguel Judas


"Anda um outro “crash” a pairar por aí…"

A história foi começando entre uma garagem no Lumiar (que chegou a gerar um ataque de asma), um espaço de ensaio encontrado na Costa da Caparica, usado naqueles serões de segunda-feira em que a televisão reflete mais sobre futebol do que o resto do mundo e, um pouco depois, um restaurante nas Caldas da Rainha… E aqui atenção que estavam já em região demarcada de uma das mais importantes movimentações pop/rock nacionais, em sector alternativo, com resultados que vale a pena recordar entre finais dos oitentas e inícios dos noventas. O power trio inicial estava transformado em quinteto. A banda sem nome agora tinha um, escolhido a votos. E agora, pouco mais de dois anos depois do início da história, preparam-se para apresentar o seu álbum de estreia. Como eles chama-se Democrash. E faz som esta noite no Sabotage Club, em Lisboa.

Ao ouvir o seu rock claro e seco, sem adornos maiores e herdeiro de um viço que lembra os pioneiros punk dos dias de glória do CBGB em Nova Iorque. “Poderá não ser para todos de uma forma consciente, mas é certo que, para quase todos, as bandas desses dias de glória são referências incontornáveis: Ramones, Talking Heads, B-52’s, Television”, explicam à Máquina de Escrever, acrescentando que “há uma energia quase punk na forma como as músicas se formam”. Um retrato mais completo da suas heranças passa por um caldeirão de referências pessoais que inclui ainda nomes como Frank Zappa, Pavement, Syd Barrett, Tim Maia, Pixies, Black Keys, os Byrds ou os Chic.

Em tempos frequentaram os clubes de rock que o país colocava no mapa. Alguns foram “bastante ao Rock Rendez Vous, e o Francisco até chegou a ser jurado de um concurso quando tinha uns 20 aninhos”. Mais tarde andaram pelo Johnny Guitar. E entre eles há quem não seja absolute beginer… Octavio Nunes, o vocalista e também guitarrista, “esteve nos Red Beans e noutras bandas”. Ricardo Rezende (baixo) “teve vários projectos, no Brasil e em Portugal, e tem outro chamado Énoise em que faz música para filmes”. Rui Garrido (guitarra) e Vitor Martins (saxofone e percussão) “tocaram com os Falhumana”. Francisco Camacho (bateria) “não tocava regularmente com ninguém há mais de vinte anos”.

Todo este conjunto de histórias pessoais e referências deixa clara outra das características dos Democrash, com a sua dose de invulgaridade para um grupo estreante: todos têm mais de 45 anos. O que junta cinco músicos ao fim de todo esse tempo? “Muitos anos sem se ter uma banda”, explicam. E, depois, o facto de terem encontrado “finalmente pessoas com a mesma forma de encarar uma aventura destas” e nesta altura das suas vidas: “Passar para as cordas das guitarras e para as peles da bateria o que temos dentro da cabeça, e o mais fielmente possível, é uma espécie de psicanálise auditiva. O que faz com que se tenha uma banda com estas idades é também a vontade de encontrar um escape. Tocar música é uma óptima terapia. Mas na realidade só nos apercebemos da idade que temos quando precisámos de carregar os amplificadores às costas pela primeira vez. Mas já não pesam tanto”, confessam.

Uma aventura com estas características numa etapa em que as carreiras profissionais estão habitualmente no seu auge obriga a uma boa gestão do tempo e das prioridades. “Não é tão difícil como parece” porque, como nos contam, ensaiam “à noite e os concertos também são todos depois da 22.30”. Seria mais difícil se algum deles “fosse padeiro ou porteiro de uma discoteca”. Às vezes, um ou outro “tem imprevistos profissionais e falta aos ensaios”, mas apesar de tudo garantem “que têm sido bastante regulares”. No fundo, o que desejam é tocar apenas em sítios onde se sintam “confortáveis, como o Sabotage, por exemplo”. Não se sentem “minimamente na obrigação de tocar aqui ou acolá, porque tem de ser ou porque há uma tournée a cumprir”.

E a edição de um disco coloca a fasquia num outro patamar de compromisso? “Não se for no sentido de que temos de pugnar por uma carreira no mundo da música”, respondem. Editar um disco permite terem a sua música “num registo o mais bem feito possível”, como idealizaram a dada altura e concretizaram em estúdio com Joe Fossard como produtor. Mas essencialmente serve para se poderem “lembrar, daqui a 30 anos, de como é que as músicas se tocavam” por estes dias. Sobre os dias do futuro e das ambições que esta música possa transportar dizem ainda: “Uma das coisas engraçadas de fazer parte de uma banda que começa a merecer alguma atenção é não ter a mais pequena ideia de até onde a coisa pode ir… O mundo em que vivemos é muito rápido, para o bem e para o mal. Por isso, tão depressa podemos levantar voo amanhã como cair no esquecimento total já na semana que vem. Mas vivemos bem com essa incógnita. Aí, a idade é uma boa aliada.”

E agora falta só explicar o nome… “Basicamente houve uma votação (cada um escolheu uma data de nomes) em que se apuraram os cinco nomes mais votados e, no fim, escolheu-se um que não estava na lista (no tema Democrash está lá um dos nomes que esteve quase para ficar)… Este nome é uma mistura de várias coisas: demonstração, demo (de cassete), democracia, demónio, dê-mo-café-sachavôr) com “crash”, que dá aquele ar punk à coisa. A sonoridade da palavra também foi importante na escolha… Mas, enfim, um nome tem a importância que tem. Não é por um tipo se chamar Lourenço ou Celso que é mais feliz ou se safa melhor na vida. Já o apelido é outra coisa. Daí o “crash” soar tão bem…” - Máquina de Escrever, Janeiro 22, 2016 - Nuno Galopim


Discography

2016 - Democrash - Democrash 

Photos

Bio

- Uma óptima surpresa, este primeiro disco dos Democrash

ZÉ PEDRO, Xutos&Pontapés


- Intenso, sem adornos, directo. Para nos lembrar a energia primordial do Rock'n'Roll

NUNO GALOPIM


- Entre a Lisboa de 2016 e a Nova Iorque de 1978 fica um espaço onde a electricidade corre livre. Os Democrash ocupam esse espaço com pura classe!

RUI MIGUEL ABREU

Band Members