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"Beth Pontes"

Matraca 22-01-08
Caia na madrugada
Por Beth Ponte

Fazendo jus ao nome, o novo disco dos Lampirônicos é um convite. E bastante tentador. “Caia na madrugada�, lançado em fins de 2007, é um convite ao novo trabalho da banda, completo e repleto de novas influências e de antigas sonoridades, ampliando a conjunção entre o tradicional e contemporâneo que marca a trajetória do grupo ao longo de quase dez anos de carreira.

A banda, formada por Vince de Mira (voz), Robertinho Barreto (guitarra e guitarra baiana), Marcelo Santana (baixo), Robson de Almeida (percussão), Mangaio (synths e programações) e Emanuel Venâncio (bateria), é um raro exemplo de amadurecimento e permanência dentro do cenário semi-profissional da música na Bahia.

“Caia na madrugada� é o terceiro trabalho da banda e de cara apresenta diferenciais bastante visíveis entre os anteriores “Que luz é essa?� (2002) e “Toda prece� (2004). Sem toda a aura de novidade e apelo midiático presentes no primeiro e sem a pressão comum a todo segundo disco, a banda investe em uma produção mais independente e acima de tudo autoral.

“Caia na madrugada� afirma a identidade dos Lampirônicos e mostra um trabalho onde as referências regionais estão cada vez mais equilibradas e dialogam cada vez melhor e mais naturalmente com outras influências e ritmos: além dos esperados xotes e baiões, encontramos chulas, afrobeats e a presença indefectível da guitarra baiana, na qual Robertinho Barreto se destaca.

Das 11 faixas, três são vinhetas (“Guitarrada Baiana�, a misteriosa “Sitar� e a tensa “Sacizeiro�) e uma é instrumental, “Amerikhali�. Apesar da unidade do disco, que possui um bom efeito como um todo, algumas canções se destacam, dentre elas a faixa título.

Leve e curiosamente carnavalesca, “Caia na madrugada�, ao lado de “Da sua laia� e da excelente “Além da vista�, que conta com a participação dos guitarristas Pio Lobato e Bau Carvalho, antigo componente da banda, são o que há de melhor no disco.

A familiar “Mamata�, tocada há algum tempo em shows, encerra a lista, e apesar da boa interpretação, merecia certamente uma versão mais contundente no registro de estúdio. Destaque para a capa com arte de Edinho Rosa, guitarrista da Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, que continua surpreendendo com seu trabalho gráfico, já conhecido pelo disco “Anacrônico�, de Pitty.

Por conta da pequena tiragem (400 cópias), o modo mais fácil de conhecer o novo trabalho da banda é assistindo aos shows, em que grande parte do novo repertório é tocado.

O resultado nos palcos está à altura do disco: os Lampironicos fazem um show completo, que explora bem o novo trabalho, sem dispensar o repertório dos outros discos, apresentando inclusive novas versões para canções do primeiro disco com influências eletrônicas surpreendentes, resultado das incursões dos integrantes em outros terrenos musicais com o projeto “Terreiro Circular�.

Ao vivo, assim como em estúdio, a banda se sai muito bem e oferece ao público um show empolgante, dançante e, mesmo para quem conhece o trabalho da banda, bastante surpreendente, fazendo com que não cansemos de perguntar, insistentemente, que luz é essa que não se apaga na inconstante madrugada musical dessa Bahia.

*Caia na madrugada (2007) - Lampirônicos

bethponte@nacoco.com.br - Site Nacocó


"Marcos Casé"

CULTURA
13/11/2007 (19:44) | COMENTÃ?RIOS (2)
Música autoral e sem rótulos
Marcos Casé, do A TARDE
Uma das mais batalhadoras e queridas bandas do cenário alternativo baiano, o Lampirônicos conseguiu ao longo dos mais de seis anos de carreira algo difícil no meio musical, que é deixar registrada uma a identificação sonora. Sem um rótulo específico que a coloque na prateleira de um determinado estilo, o bando faz música autoral, com influências diversas, e se apropria com personalidade de elementos retirados do regionalismo, como sambas, xotes, baiões e batuques de rua que juntam ao rock, sintetizadores, afrobeats, mantras e pontuações de chula na guitarra baiana.
E é na guitarra baiana que o grupo, ainda formado por Mangaio (programações e samplers), Robertinho Barreto (guitarra e guitarra baiana), Emanuel Venâncio (bateria), Marcelo Seco (contrabaixo) e Robson de Almeida (percussão), coloca a responsabilidade de puxar o novo trabalho. Produzido por Marcelo Santanna e Mangaio, e mixado no estúdio Base por Zezinho Messias e Lampirônicos, Caia na Madrugada é composto por 11 faixas, divididas em oito musicas e três vinhetas (uma delas escondida).
Em todas, a guitarra baiana chama a atenção e traz sonoridades nunca experimentadas pelo grupo, como a charanga boliviana tirada do instrumento e áudios que representam o cotidiano popular. São canções dançantes, com balanço, e letras que falam
de tudo um pouco, sem perder a unidade.
Destaques ficam com a faixa-título, e também com Mamata (já experimentada em shows), Estrela de Bolso e Frente à Igreja de Santana, que diferem bastante dos trabalhos anteriores. O disco mostra ainda a disposição do grupo em ousar sem sair da linha.
Não chega ser um recomeço, pois a banda nunca parou, mas é uma boa alternativa e uma aposta interessante para quem já experimentou uma grande gravadora com Que Luz é Essa? (Sony Music) em 2002, e as leis de incentivo com Toda Prece, em 2004, lançado através da lei de incentivo Faz Cultura. Agora é a vez de dar novamente a cara a tapa, com um bom trabalho e muita disposição para tocar.

- A Tarde


"Marco Antonio Barbosa"


Crítica
Muita água rolou sob a ponte desde que Chico Science mostrou que era possível juntar o regionalismo nordestino com o pop dos anos 90. Agora é a vez da Bahia mostrar que também tem vez neste caldeirão - que pode já ter dado todo o caldo que tinha. Os Lampirônicos são cria temporâ dessa tradição que não começou com o manguebeat, e sim com Mutantes, Raul Seixas e Alceu Valença (os dois últimos citados e presentes no álbum). Roqueiros criados à base de baião e xote, o sexteto soteropolitano transpira honestidade nas 14 canções do álbum. Já a surpresa e a invenção ficaram em segundo plano. Talvez culpa do excesso de expectativas criadas sobre o grupo (apadrinhados por Carlinhos Brown e produzidos por Paulo Rafael), talvez pela relativa imaturidade da banda, talvez por não haver mais mesmo como extrair novidade da fórmula - ou por todos os fatores citados. Se o álbum for ouvido dentro de sua devida estatura, sem se procurar a salvação do pop brasileiro (conforme aventaram alguns apressadinhos), pode se enxergar algum futuro no grupo.

Para quem ainda tem fé na mistureba guitarras pesadas + alguma eletrônica + sotaque & referências regionais, o disco é um prato cheio. No mínimo, é melhor do que clonar Charlie Brown Jr. ou Raimundos... Que Luz É Essa? transborda de referências, a começar pela faixa-título (Raul Seixas transformado em funk-rock, com a voz de Nikima entre Zé Ramalho e Chico Science). Alceu Valença participa da versão de sua Espelho Cristalino (uma misturada entre baião e funk, com discretos efeitinhos). E é claro que Carlinhos Brown empurra a sua Seo Zé (gravada por Marisa Monte), recriada num tom pesado e tribal. No mais, a banda soa mais interessante atacando o repertório alheio. Como na instrumental Forró dos Dois Irmãos, do recifense Edmilson do Pífano; no funk-metal caboclo de Curupira; e na bela melodia de Logo Eu, emoldurada por um baião simpático misturado a guitarras pesadas. (Marco Antonio Barbosa)

- Cliquemuic


Discography

Que Luz é Essa? (Sony Music - 2001)
Toda Prece (Trama 2004)
Caia na Madrugada (Maquinário - 2007)

Photos

Bio


The word Lampirônicos is not simply a junction of the words “Lampião” and “Electronicos”. It is also an attempt to express the necessity of interaction between tradition and modernity. Lampião is a rustic tool of illumination, in other words, it’s an oil lamp which is used in the remotest regions of Brazil. The word Lampirônicos means something like a rustic illumination tool which is now combined with contemporary technology; such idea represents the music of the band, which tries to unite sonorous and ideological elements of both of these worlds regardless of its chronological distance.
The group has been on the road for approximately six years and is composed by Vince de Mira (voice), Mangaio (programmings and samplers), Robertinho Barreto (guitar), Emanuel Venâncio (drums), Marcelo Seco (bass) and Robson de Almeida (percussion). Lampirônicos unites the regionalism of street sambas, xotes, baiões and batuques and rock, programming and samples, afro beats, mantras and punctuations of chula in the characteristic guitar of Bahia. All these elements are combined with lyrics that speak of the daily life in Brazil.
The group became known in the country through its first CD, “Que luz é essa?” launched in Brazil through Epic, from Sony Music and through VIP, in Europe. The record was produced by Paulo Rafael and Carlinhos Brown, with special contribution of Dominguinhos and Alceu Valença.
In 2004, Lampirônicos launched its second album, intitled “Toda Prece”, which was nationally distributed by Trama. The work counted on the participation of respected musicians such as: Paulo Rafael and Marcos Suzano, as well as with that of Rebeca Matta, on the number “Cada macaco no seu galho”, providing an unusual arrangement of the classic, which was composed by samba maker from Bahia, Riachão. Among the other numbers “Aportô Bananeira” and “Toda Prece” have had outstanding reactions by the public.

Throughout the years, the group has added to its journey participation in great events and concerts in Brazil as well as in Europe. The presentations in the Brazilian Summer Festival, the first festival of Brazilian music in London, the Sfinks Festival (Belgium), the Festival Afro Brazil (Tübingen, Germany) and in the Montreux Jazz Festival (Switzerland) are examples of some of the international events that Lampirônicos performed.
In October of 2005, Lampirônicos was part of the project “Disco de Ouro” of Sesc Pompéia, in a show which was dedicated to the record “Acabou Chorare”, by Novos Baianos. In this show, the musicians of Lampirônicos interacted on stage with prestigious names of Brazilian music, such as: Luis Melodia, Elza Soares, Baby do Brasil and Orquestra Mantiqueira.
The group new álbum “Caia na Madrugada” was recorded in the studio of the band, the Audiolab and will be launched by its own independent stamp, Maquinário Records. Now the group is touring all over the country with the show “Caia na Madrugada”.Another important work was developed in the Ateliê de Coreógrafos, where Lampirônicos made the musical direction of the Húmus spectacle, directed for Márcia Duarte, from Brasilia. Beyond conceiving the track, Lampirônicos performed live as part of the show.
From its musical diversity, Lampirônicos came to conceive the multimedia project “Terreiro (Place of fetichism) Circular”, where the band has had the chance of interacting with artists from different fields, such as video and art. Traditionally, Lampirônicos is the attraction to open the events produced by the project, sharing the stage with local and intra-national independent attractions. Davi Moraes (Rio de Janeiro), Rebeca Matta and Mariella Santiago (Bahia), Cabruêra (Paraíba) and Bonsucesso Samba Clube and Siba (Pernambuco), La Caution (France) are examples of groups and artists whom have participated in the project. The project has been achieving special attention in the independent scene of Salvador, having been invited to participate of the Cultural Market VII, which happened in last December. The Cultural Market VII is associated with the World Cultural Fórum, which has taken place in Rio de Janeiro.