Marcelo Callado
Gig Seeker Pro

Marcelo Callado

Rio de Janeiro, Brazil | Established. Jan 01, 2011 | INDIE

Rio de Janeiro, Brazil | INDIE
Established on Jan, 2011
Band Rock Alternative

Calendar

This band has not uploaded any videos
This band has not uploaded any videos

Music

Press


"Marcelo Callado lança seu primeiro disco solo"

RIO - A imagem do encarte de “Meu trabalho Han Sollo vol. II”, disco de estreia sol(l)o de Marcelo Callado (e primeiro lançamento da volta do selo Rockit!), traz um inventário de seu caminho até aqui. Um mergulho pessoal que inclui fitas demo de suas primeiras bandas (Detentos e Prefiro Banana, que daria origem ao Carne de Segunda), uma foto do pai (a quem o disco é dedicado) tocando bateria, um boneco do Popeye, um relógio do avô, a bateria de brinquedo da sua filha Cora, a flâmula do Botafogo, o crachá da turnê de Caetano Veloso (com quem Callado toca bateria desde “Cê”, de 2006), a caixinha de música da mãe. Tudo rima com os versos mistos de tristeza e esperança, temperados com humor, que se espalham pelas 12 faixas, como os que abrem o disco (“Cada um, cada um/ Cada um sabe o cu que tem/ Cada um, cada um/ Cada um sofre por alguém”), os que fecham (“Nessa partida, partiu-se o amor/ E partimos pra uma melhor/ Marraio firidô sou rei/ Mas no jogo da vida fui eu que bolei”) e mil outros espalhados entre eles (“Quero a minha cama/ Para descansar a minha alma”, “Tempo ruim, início do fim?”, “Se juntássemos minha alma à sua/ E jantássemos o que apavora/ Restaria o que vale a pena/ Sentiria de novo a vitória”). Um álbum de separação, enfim — e de seus efeitos, como a reconstrução que passa por um olhar para o passado e a família, expresso no encarte, e os amigos, que povoam o disco em participações.

— As músicas vieram de uma tacada só, feitas entre janeiro e junho do ano passado, quando me separei (ele era casado com a cantora Nina Becker, que também participa do disco e com quem tem uma filha, Cora, e gravou um disco, “Gambito Budapeste”). Apenas uma, “Carambolou arriou”, eu fiz depois — conta Callado, que também integra a banda Do Amor. — Vi que teria que fazer um disco meu, pôr essas canções para a vida, senão ia fazer mal para a minha cabeça. Elas trazem muito a ideia de dar a volta por cima, recuperar algo que não está rolando. E acabam tratando muito do indivíduo, em saber onde está esse equilíbrio entre o indivíduo e a relação. Como digo em “Brejal”: “Entre no barco, procure o equilíbrio e reme”.

A origem da viagem é profundamente pessoal — mas com a consciência expressa no ato de abrir o disco com uma canção chamada “Todos nós”. Até por isso, Callado queria que o disco tivesse uma sonoridade de caráter coletivo. Mais que isso, que envolvesse a espontaneidade de muitos.

— Queria fazer daquele jeito que Bob Dylan gravava na década de 1960, chegar no estúdio, ensinar as canções para os músicos e gravar — explica Callado, que lança o disco nesta terça-feira no Oi Futuro Ipanema, pelo projeto A.Nota. — Fui fazer as bases com (o guitarrista Gustavo) Benjão, (o baterista) Thomas Harres e (o baixista Gabriel Mayall) Bubu. Fora Benjão, que já conhecia quase todas as músicas e é meu parceiro em muitas delas, eles conheceram a música na hora, a gente gravava 1, 2, 3 takes e o quarto estava bom. O mesmo com os meus amigos que participaram (Pedro Sá, Renato Martins, Ricardo Dias Gomes, Eduardo Manso, Rubinho Jacobina, Jonas Sá e Rafael Rocha, entre outros). Queria que tivesse frescor, que eles descobrissem na hora o que fazer.

O resultado é um álbum com uma sonoridade que remete — com uma liberdade de gêneros contemporânea — aos anos 1970. Callado ratifica a percepção, classificando o disco como “nada moderno” (no disco, ele canta que “o moderno já é chato há anos”).

— Nesse sentido, é um disco punk. Não tem truque, está tudo na cara. Não tem autotune (para afinar as vozes digitalmente), não tem clique (para manter o andamento) — diz Callado, que identifica uma certa falta de espontaneidade no que tem sido apontado como “moderno”. — Fico com aflição, quis fugir disso. A pegada rock é o que mais gosto. Adoro artistas como Ava, O Terno, Siba, Jonas Sá, Negro Leo, Karina Bhur...

A estranheza da estreia com um “vol. II” se explica porque, nos anos 1990, Callado gravou uma fita demo (“completamente experimental, eu batucando na guitarra, fazendo loop de vitrola”) que, mostrada apenas para os amigos, se tornou o “Meu trabalho Han Sollo vol. I”. Agora, ela será enviada a alguns fãs que participaram do financiamento coletivo que permitiu a existência do novo disco. Outra piscadela para o passado para dar chão para versos como “mas o jogo segue com ou sem você”. - O Globo


"A VEZ DE MARCELO CALLADO"

Conhecido por seu trabalho como baterista na banda Do Amor e na Banda Cê, do Caetano Veloso, Marcelo Callado lança seu primeiro projeto individual: Meu trabalho Han Sollo vol. II, deixando as baquetas de lado para cantar e compor. Além do personagem de Star Wars, o nome do disco faz referência ao seu primeiro trabalho, aos 16 anos, totalmente experimental e exibido apenas para alguns amigos.

Ao longo do carreira participou de projetos com artistas como Caetano Veloso, Jorge Mautner e Canastra. Também produziu o disco Gambito Budapeste em parceria com a cantora e compositora Nina Becker, sua ex-esposa. O fim do casamento e uma nova fase da vida em curso levaram Callado a encarar um projeto para transmitir sentimentos e vivências pessoais que não caberiam em nenhuma banda.

“Eu tive ideia para muitas músicas que tinham assunto parecido e muito pessoal. Não poderia esperar a minha banda. Não ia dar certo esperar. Eu tinha necessidade de botar no mundo”, disse à Tpm.

Meu trabalho Han Sollo vol. II é imprevisível e paradoxal. Ao mesmo tempo, assume tom divertido e melancólico, também coletivo e individual. Em Todos Nós, a letra satiriza: cada um sabe o cu que tem. Em Âncora, bota para fora a saudade que sente da filha, Cora, entre viagens de turnês; alguém que aguarda pelo seu retorno e por quem vale a pena manter os pés no chão.

“É um disco que reflete altos e baixos. Às vezes você está para cima, querendo resolver tudo da melhor forma possível, às vezes você está para baixo, achando que tudo acabou mesmo e é hora de ir pra outra. É um disco que reflete isso bem. É muito honesto, sem nenhum truque.”, confessou Marcelo.

De maneira inusitada, o disco conversa com diversos gêneros musicais, do forró de Pau de Galinheiro, passando pelo reggae de Olé, ao rock de Música Triste. Grande parte das composições são autorais, mas Callado conta com a parceria do amigo Gustavo Benjão, da banda Do Amor, e inclusive Nina Becker (em Papai Santo).

A influência das décadas de 60 e 70 também é grande, já que o modernoso não é muito a praia do carioca. A base é formada fundamentalmente por baixo, bateria e guitarra, gravados ao vivo, simultaneamente, com sobreposições propositais.

“A influência maior é o jeito que ele foi gravado. Eu mostrei a música para o pessoal, a gente fez alguns takes e gravou. Não teve programação, não teve autotune [usado para corrigir a voz]. Pouquíssima coisa foi editada.”

Apesar de afirmar que “o moderno já é chato há anos” (em Por dentro todo mundo é rabujento), Callado avalia positivamente a produção cultural no Brasil atualmente, destacando o trabalho de artistas como Arnaldo Rebel, Ava Rocha, Siba, Jonas Sá, Negro Leo, Karina Bhur e outros. “Tem coisa muito boa sendo feita. A gente está muito bem.”, disse.

Vai lá:

Meu trabalho Han Sollo vol. II. - Trip Magazine


"MARCELO CALLADO LANÇA “MEU TRABALHO HAN SOLLO, VOLUME 2”"

Marcelo Callado já tocou com os maiores nomes da música brasileira, e agora resolveu partir para sua carreira solo, ou melhor, sua carreira Han Sollo, como brinca no nome de seu primeiro disco: “Meu Trabalho Han Sollo,Volume 2”. Depois de tocar com artistas como Caetano Veloso, Jorge Mautner, Branco Mello, Alice Caymmi, entre outros, Callado decidiu explorar seu lado mais pessoal. Isso unido ao fato de sua separação com a cantora Nina Becker, que fez da necessidade do disco quase que uma urgência.

A MTV Brasil conversou com Marcelo para falar sobre esse trabalho. Confira a entrevista na íntegra:

Por que você fez uma menção a Star Wars no nome do seu álbum?
Essa ideia nasceu nos anos 90, quando tinha 15, 16 anos. Eu tinha uma banda chamada “Carne de Segunda” e essa banda ensaiava na minha casa. E durante a semana, os músicos deixavam os instrumentos na minha casa. E eu ficava fazendo gravações com os instrumentos deles. Tudo muito experimental. Um dia, eles chegaram para ensaiar e eu mostrei pra um deles uma gravação que fiz e falei: ‘tá aí meu trabalho solo’. E ele fez piada falando: 'esse é o seu trabalho Han Sollo'. E eu achei genial e disse que iria colocar esse nome no meu disco. E aí agora, anos depois, realmente fiz um álbum com canções minhas e me lembrei dessa história.

Ele é uma continuação do Volume 1? Qual a ligação entre eles?
Ele não tem nada ver. O volume 1 poucas pessoas ouviram. E na verdade só existe um cassete. Não tem nenhuma canção, com letra, melodia. É só experimentação, só eu fazendo barulho. Não tem canção mesmo.

E você já pensou em lançar o volume 1?
Era um negócio de farra. Não foi feita para vender. A fita circulou na mão de uns amigos e tinha uma galera que gostava. Mas inclusive como fiz esse disco “Han Sollo” através de crowdfunding, eu precisava elaborar umas recompensas. E daí uma das recompensas é justamente esse cassete. E vou fazer agora, não para vender, mas para entregar em formato cassete.

Existe alguma história por trás do álbum?
Eu era casado com a Nina Becker, inclusive nós tínhamos feito um disco de casal em 2011. E ano passado começamos a entrar em um processo de separação, e durante isso, tentando resgatar o casamento, começaram a vir ideias de músicas. Não só as que estão no disco, mas como outras que não entraram. E eu tenho uma banda, né? O “Do Amor”, mas lá quatro pessoas compõem. E não tinha como esperar para essas músicas entrarem num disco do “Do Amor”. Eu estava com uma necessidade quase urgente de colocar para fora, de gravar logo de uma vez, até para minha cabeça mesmo. Para dar uma virada naquela coisa de separação, com filho pequeno. E isso foi um fator motivador para esse disco.

Quase que uma terapia?
Em um certo sentido sim.



Como você define seu estilo musical? Você acha que é uma junção de outras coisas que você fez em outros trabalhos ou algo pessoal seu?
Eu acho que meu disco é um disco de rock. Se tivesse que botar numa prateleira, seria de rock. Acho que a pegada é de rock. Por mais que tenha uma música mais pro forró, a regimentação e a pegada é de rock. O jeito que ele foi gravado, tudo ao vivo... Tem uma atitude de rock no disco. Mesmo em músicas que não são claramente rock, tem uma atitude rock.

Conta das participações especiais?
O instrumento que ganho a vida é bateria. Eu toquei bateria em algumas faixas. E chamei meus amigos do “Do Amor” para participar também. O Gabriel Bubu tocou baixo. E o Ricardo Dias Gomes tocou guitarra. Chamei o Pedro Sá que é meu amigo da banda Cê, amigo de anos. Chamei o Morena para tocar tchelo numa música.

E chamei a Nina que achei que ela tinha que participar já que estamos nos dando bem, não tem nada errado. Na verdade a maioria das músicas fiz casado com ela. Só a última música que não. As músicas são às vezes meio tristes, mas têm uma esperança. São músicas que falam de dar a volta por cima e dar uma reviravolta no casamento. O que acabou não acontecendo... E muitos outros amigos que foram importantes na minha vida. Já que é um disco tão pessoal eu quis que a parte musical saísse um pouco de mim, quis partilhar com os amigos.

E você fez um crowfunding, né? Você acha que um coletivo te aproxima dos fãs?
Sim, fiz o Embolacha, que sou sócio, aliás. E esse disco foi o primeiro projeto do Embolacha. E foi um processo incrível. Eu pedi R$ 20 mil, consegui 22. Deu super certo. Acho que aproxima muito. É uma coisa fabulosa. Quem tá patrocinando seu disco é a pessoa interessada em ouvir seu som e adquirir seu produto. E além do mais todo processo de feitura do crowfunding já é uma propaganda por si só. É muito bom.
Copyright : Ana Luiza Ponciano - MTV Brasil - MTV


Discography

Still working on that hot first release.

Photos

Feeling a bit camera shy

Bio

Currently at a loss for words...

Band Members