Marcio Tucunduva
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Marcio Tucunduva

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Music

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"Resenha Folha de S. Paulo"

ROCK
Antimoderno
Márcio Tucunduva
GRAVADORA independente
QUANTO R$ 15, em média
AVALIAÇÃO
Segundo disco do cantor e compositor paulista, "Antimoderno" faz um diálogo consistente entre rock e MPB sem apelar para atribuições como "de raiz" ou "folclórico". Destaque para as ótimas -e pesadas- guitarras (a cargo de Marcos Ottaviano) e para as letras, que compõem um libelo crítico e inteligente à suavidade da dita MPB "moderna". (LEONARDO FOLETTO) - Folha de S. Paulo


"Melhores de 2010"

José Flávio Jr.
Oi FM / Bravo!
MELHOR DISCO NACIONAL
1) Feito pra Acabar – Marcelo Jeneci
2) Efêmera – Tulipa
3) Do Amor – Do Amor
4) Superguidis – Superguidis
5) Antimoderno – Marcio Tucunduva - Scream & Yell


"O 'antimoderno' CD de Marcio Tucunduva"

O 'antimoderno' CD de Marcio Tucunduva
Tags: Música, Cultura, Rock
Por: Guilherme Bryan, especial para a Rede Brasil Atual

(Foto: Divulgação)

O cantor, guitarrista, violonista, arranjador, compositor, produtor e mixador Marcio Tucunduva lança, nesta quinta-feira (10), às 20h30, no Sesc Vila Mariana, em São Paulo sua segunda produção independente, o CD “Antimoderno”. Autor de músicas gravadas por A Cor do Som, o artista mostra seu talento em letras contundentes e com uma base instrumental, que mistura blues, rock e ritmos brasileiros, recuperando o que houve de melhor na música nacional principalmente das décadas de 1970 e 1990.

A faixa que abre o CD e dá título a ele é um rock misturado com ritmos nordestinos, que escancara a influência de Raul Seixas, em letra que o cantor reflete em voz rascante e poderosa: “Eu sigo andando / Dando pouca bobeira / Sem levantar poeira / Sem levantar bandeira / Sem esperar a banda passar / Eu ouço vozes / Mas já ouvi coisas piores”. Esse rock repentista é a tônica de outras duas faixas, “A Amizade é a Mesma” e “Soladeira”. A força poética comparece ainda em “No Meio do Caminho”: “No meio do caminho / Há uma aposta / Que mais parece um lixo industrial / Vendida como se a melhor proposta / Fosse cada um ter uma no quintal”. A influência de Raul Seixas volta na balada “Entre a Cana e o Tédio”, que tem ares de Los Hermanos.

Leia também:
O "Antimoderno" de Marcio Tucunduva (parte1/2)
O "Antimoderno" de Marcio Tucunduva (parte2/2)
Em “Que Sabe a Cabra?”, Marcio Tucunduva estabelece um diálogo com “Cotidiano”, de Chico Buarque, mas a referência parece estar mesmo na Nação Zumbi e no movimento manguebeat. “Parafuso Horário” tem a mesma pegada das melhores músicas dos Raimundos na década de 1990, ou seja, uma potente mistura de forró e rock.

“Salada Mista” tem toques de rock progressivo, mas com cara bem brasileira setentista, estilo que segue na psicodélica “Olha Quanta Coisa”. Para realizar esse trabalho, Marcio Tucunduva se cercou de profissionais de qualidade. A começar pelo blueseiro Marcos Ottaviano, um dos fundadores da Companhia Paulista de Blues e que tocou com feras como B.B. King, John Pizzarelli, Celso Blues Boy e o guitarrista dos Rolling Stones, Ron Wood. Aqui ele é co-produtor e guitarrista.

A banda conta também com Andrei Ivanovic, no baixo, e Mario Fabre, o novo baterista dos Titãs. O lendário engenheiro de som e produtor norte-americano Roy Cicala, que trabalhou com John Lennon e Patty Smith, entre outros, ficou responsável pela captação da voz de Marcio, que surge cristalina.

Ouvir Marcio Tucunduva ao vivo provoca a sensação de que ainda é possível ser criativo no rock e no blues brasileiro, sem precisar esconder as referências. Muito ao contrário, é importante escancará-las para dar um passo adiante. Escutar o CD “Antimoderno” mostra ainda que não é preciso estar atrelado a uma grande gravadora, nem nos maiores estúdios do mundo, para se realizar um trabalho de qualidade musical, impecavelmente produzido, em qualquer lugar do planeta. - Rede Brasil Atual


"Em busca de um rock genuinamente brasileiro"

Em busca de um rock genuinamente brasileiro
Depois de sete anos, Marcio Tucunduva lança novo disco, Antimoderno, tira onda com os excessos e os modernos da atual música brasileira e abre seu baú de referências


[por Andréia Martins]

Depois de sete anos sem lançar um disco, mas compondo para trilhas e outros projetos especiais, Marcio Tucunduva retorna com um novo trabalho, Antimoderno (ouça em www.etanoise.com.br), tentando dar uma cara bem brasileira ao rock.
Cantor, compositor e guitarrista, Marcio começou na música tendo como “professor” ninguém menos que Raul Seixas. Aos 13 anos, Marcio descobriu que era vizinho de Raul. Superando a timidez, demorou para criar coragem e falar com o “ídolo”. Quebrada a barreira, com uma música e um violão nas mãos, virou aluno do baiano.
Marcio lembra que uma vez Raul perguntou que tipo de som ele fazia. Ainda iniciante, o jovem respondeu que tinha umas músicas e tocava guitarra. “Então você é igual a mim e ao John Lennon”, teria dito Raul. Ao ouvir que Marcio só havia composto uma única música, cheia de palavrões, o baiano soltou: “Minhas músicas também estão cheias de palavrões”.
“Comecei por causa dele. A hora em que eu ouvi o Raul, mudou meu paradigma”, comenta. Melhor referência de ousadia, originalidade e postura rock’n'roll, Marcio não poderia ter. Talvez por isso o novo disco traga letras inteligentes e bem sacadas. Resquícios do maluco beleza.
O disco começou a nascer em 2005, ano em que a faixa homônima foi composta. “Quando comecei a compor, já trabalhava com uma ideia de coesão. [O nome Antimoderdo] É em primeiro lugar uma brincadeira com esse tipo de música popular brasileira. Essa mpb muito bossa nova, com uma batidinha eletrônica ali, pouco original”, disse ele em entrevista por telefone ao Palco Alternativo.
Tucunduva se diz um pouco cansado da referência ao samba que todo o novo artista parece ter a obrigação de carregar na bagagem e do excesso de gente fazendo a mesma coisa, resultado do espaço que hoje as bandas têm, reflexo previsível de uma cena em ebulição em que a cada dia surgem mais e mais novas bandas.
“Eu que não nasci no berço da MPB não vou brincar de fazer samba / Eu que não nasci no berço só vou brincar de fazer samba antimoderno “, canta ele em Antimoderno, tirando onda com os ‘mudernos’.
Reflexões à parte, o disco reproduz bem o espírito mais rock’n'roll do músico, mas sem perder a brasilidade. “A gente [o disco foi produzido por Marcio e Marcos Ottaviano, referência do blues nacional, e conta ainda com Andrei Ivanovic, no baixo, e Mario Fabre, na bateria] quis fazer um rock bem brasileiro, mas sem usar pandeiro, triângulo, zabumba, sem nenhum desses instrumentos, por alguns motivos. Um deles é que eu estou mais roqueiro e o outro, porque as pessoas interpretaram mal o primeiro disco”, conta ele.
O primeiro disco, Etanoise, saiu em 2003 e ao contrário do novo trabalho, é mais um disco de música brasileira do que de rock. Para Marcio, o disco não foi compreendido. “As pessoas interpretaram mal. O cara do rock falou que era um disco de forró, e o do forró falou que era um disco de rock… Talvez falte referência o ouvinte. A gente reclama hoje, mas antes eu ouvia de tudo no rádio, hoje as rádios tocam a mesma coisa e é empobrecedor”, diz ele.
Sobre a demora em lançar um novo disco, ele diz que foi “por falta de estômago”. “Música independente é muito cruel para quem faz, especialmente para um artista solo. As coisas foram se distanciando e eu também. Tinha que cuidar de imprensa, de onde vender o disco, lugar para tocar… Tudo isso tem que ter muito gás pra levar. Quem me tirou desse marasmo foi o Ottaviano. Tem coisas que você precisa de dois pra fazer”, diz Marcio.
Sete anos retomando o gás
Todo esse gás acumulado em sete anos resultou num disco original, tanto nas letras quanto nos arranjos, fazendo jus ao que hoje se chama de nova música popular brasileira ou mpb moderna, com lirismo, com ótimos riffs e guitarras pesadas.

No disco são claras as referências, desde as mais clássicas do rock- bandas como The Who, Frank Zappa, Jimi Hendrix – às mais brasileiras como Secos e Molhados, Novos Baianos, Alceu Valença e, talvez a maior delas, Raul Seixas, a quem o jeito de Marcio cantar lembra em alguns momentos.
Seja na faixa título e que abre o disco, um samba fake que logo descamba para o rock e já apresenta ao ouvinte o clima do disco, que é pop, rock, blues, com versos divertidos como “Eu ouço vozes / Mas já ouvi coisas piores”. Já no No meio do caminho traz uma levada mais pop e versos como “O vírus já tomou as minhas veias / Há muito tempo já não dou sinais de vida / Vou ter que refazer as minhas teias Vou ter que encontrar outra saída”, que podem ser uma referência ao tempo dado por Marcio para recuperar o gás perdido.
Em Que sabe a Cabra?, Tucunduva faz uma referência à música “Cotidiano de Chico Buarque, mas não há muito espaço para a mansidão da rotina de Chico: “Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às três horas da manhã / Me dá logo um remédio pra tomar / E me manda direto pro divã”, e por aí vai.
Olha quanta coisa é talvez a faixa mais introspectiva do disco, que passa a sensação de que se está caminhando para o ponto final.”Já li tanta coisa sobre essa música, já falaram que era um protesto, depressão… Na verdade ela sobre pouca coisa me interessar, não só na música, é mais simples, sobre essa incapacidade de fazer tantas coisas”, diz Marcio.
A Amizade é a Mesma traz um dos melhores versos do disco: “Para mim basta / Pra você bosta / Amor também gasta / Quero te ver pelas costas”. Para fechar o disco, há o baião roqueiro Parafuso Horário, o pop sombrio de Caixa Forte, com ótimas distorções e uma batera pulsante, e Soladeira, para fechar em ritmo acelerado.
Agora, Marcio diz estar com novo gás e uma banda mais profissional para enfrentar de novo palcos e turnês. Agora, é só cair na estrada. - Palco Alternativo


"Resenha Jornal O Globo"

Influenciado por roqueiros como Jimi Hendrix e Frank Zappa, além da música nordestina, Tucunduva - que na adolescência foi vizinho e pupilo de Raul Seixas - mostra consistência em seu segundo disco.
por Bernardo Araújo - O Globo


"Marcio Tucunduva: Antimoderno"

Marcio Tucunduva: Antimoderno
Lizandra Pronin
Redação TDM
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Marcio Tucunduva é um artista criativo e talentoso. Uma canção de sua autoria, "Enjoado Jungle", chegou a fazer parte da trilha sonora de uma novela da Rede Globo. Se mesmo assim ele não é conhecido do grande público é porque este anda perdido entre a rigidez comercial das rádios FM e a volúpia efêmera da web. Vários artistas realmente bons acabam no limbo entre uma coisa e outra.

"Antimoderno" é o 2° álbum de Tucunduva, lançado de forma independente - assim como é sua música, sem amarras com qualquer tipo de tendência ou moda. O cantor, compositor e guitarrista mistura muitos elementos e isso, de fato, está em alta na música em geral; ele também utiliza algumas 'brasilidades'. Mas não levanta nenhuma bandeira.

Assim, a sonoridade é rock, é pop, é blues, é música brasileira. É o artista falando uma porção de palavrões e confessando: "Eu ouço vozes, mas já ouvi coisas piores" - na letra da faixa título. Direto, sem meias palavras nem delicadeza, Marcio Tucunduva acaba sendo punk também: "Para mim basta, pra você bosta", diz em "A amizade é a Mesma".

E é impossível não reparar em "Olha Quanta Coisa", cantada como se o protagonista estivesse passando mal. Ela transmite ao ouvinte uma sensação de decadência e morte. Já em "Que sabe a Cabra?" Tucunduva faz uma referência a "Cotidiano" de Chico Buarque, mas pelo título da canção já dá para ver que o músico dá um pontapé na mansidão desse cotidiano. Outras referências à música brasileira estão espalhadas pelo álbum.

Vale comentar as influências de Raul Seixas nas canções de Marcio Tucunduva. Até a maneira de cantar lembra o Maluco Beleza em diversos momentos. Mas isso é inevitável: Tucunduva foi aluno de Raul. Sim, foi com esse professor exótico que o artista aprendeu a tocar violão.

Além das mensagens contundentes do compositor, chamam a atenção as belas guitarras das músicas. Elas são de Tucunduva e Marcos Ottaviano, músico muito bem cotado no blues nacional. Andrei Ivanovic (baixo) e Mario Fabre (bateria, atualmente nos Titãs), acompanham Tucunduva no disco. Com uma produção afinada, mas sem floreios nos arranjos, o disco cativa logo na primeira audição. - Território da Música


"Resenha Toninho Spessoto"

FUSÕES MELÓDICAS
MARCIO TUCUNDUVA
Antimoderno
Etanoise

Em seu segundo disco o cantor e compositor paulistano Marcio Tucunduva trava um intenso e rico diálogo entre o rock e a MPB. As duas vertentes se cruzam constantemente, sempre com resultados interessantes. O CD tem instrumental enxuto: Tucunduva (voz, guitarra, violão), Marcos Otaviano (guitarra) , Andrei Ivanovic (baixo) e Mário Fabre (baterista que substituiu Charles Gavin nos Titãs).

Entre os engenheiros de gravação e mixagem estão Alexandre Fontanetti, produtor de discos de Bruna Caram e Ana Cañas, entre muitos outros, e o americano Roy Cicala, que trabalhou com John Lennon. Ao todo são dez temas, com destaque para Salada Mista, A Amizade é a Mesma, Caixa-Forte e Entre a Cana e o Tédio. O som de Marcio Tucunduva tem ecos bem digeridos de Raul Seixas. Boa pegada, canções envolventes. - ACORDES


"Resenha Collector's Room"

Por Ricardo Seelig
Colecionador
Collector´s Room

Cotação: ***1/2

Antimoderno é o segundo disco do guitarrista, vocalista e compositor Marcio Tucunduva, e sucede sua estreia, Etanoise, lançada em 2003. Gravado em São Paulo em 2009, Antimoderno traz Tucunduva acompanhado de um line-up de primeira linha. Ao seu lado estão o também guitarrista Marcos Ottaviano, um dos melhores músicos de blues do Brasil; o baixista Andrei Ivanovic, ex-O Terço; e Mário Fabre, que recentemente assumiu o posto de Charles Gavin na bateria dos Titãs.

Em seu segundo trabalho, Marcio Tucunduva une, com grande talento e precisão, elementos do rock, do blues e da música brasileira em uma sonoridade cativante. A faixa-título abre o CD jogando Jimi Hendrix, Luiz Gonzaga e Raul Seixas em um mesmo caldeirão. “No Meio do Caminho” tem um certo toque de Jorge Ben e Mundo Livre, e conta com um ótimo solo.

As guitarras brilham novamente em “Entre a Cana e o Tédio”, dona de um grande riff. “Que Sabe a Cabra?” utiliza um trecho da letra da clássica “Cotidiano”, de Chico Buarque, como ponto de partida para uma das melhores faixas do disco.

“Salada Mista” desce redondo, e é, provavelmente, a melhor faixa do play. Já “Olha Quanta Coisa” é mais viajante e arrastada, e, ao lado de “A Amizade é a Mesma”, forma uma dupla de composições mais densas, onde a banda mostra toda a sua classe. Destaque para o solo de guitarra de “A Amizade é a Mesma”, com um ótimo slide. O disco fecha com um trio de boas canções - “Parafuso Horário”, “Caixa-Forte” e “Soladeira” -, deixando um gostinho de quero mais no ouvinte.

Percebe-se durante todo o álbum uma grande influência de Raul Seixas, nem tanto na parte musical, mas principalmente nas letras. A explicação é simples: Tucunduva era vizinho de Raul, e, aos 13 anos de idade, bateu na porta do baiano e iniciou uma amizade com o lendário rockeiro. Raul deu aulas de violão para o moleque e chegou a gravar fitas caseiras com Marcio.

O álbum foi produzido pelo próprio Tucunduva em parceria com Marcos Ottaviano. Também participaram do processo de gravação o guitarrista e produtor Alexandre Fontanetti e o lendário engenheiro de som Roy Cicala, que assinou alguns discos de John Lennon durante os anos setenta. O CD foi lançado em formato envelope pelo selo Etanoise, do próprio artista. A ficha técnica e as letras estão disponíveis no site do guitarrista, onde também é possível ouvir o disco na íntegra, bem como seu antecessor.

Antimoderno é um ótimo exemplo para quem vive reclamando da mesmice e falta de criatividade do rock brasileiro atual. Um disco muito bom, de um artista com grande talento e que tem um futuro promissor pela frente. Se você não se contenta com o que as rádios e a TV vendem para todo mundo, mexa-se e descubra que existem grandes artistas, como Marcio Tucunduva, fazendo música de qualidade Brasil afora. - Collector's Room


"Resenha Infonet"

M U S I Q U A L I D A D E


R E S E N H A


Cantor: MARCIO TUCUNDUVA
CD: “ANTIMODERNO”
Selo/Gravadora: ETANOISE/INDEPENDENTE

Não é à toa que o trabalho musical do cantor e compositor paulista Marcio Tucunduva traz, na sua essência, genes conceituais da obra de Raul Seixas. Com letras inspiradas e corrosivas, emolduradas por melodias que combinam elementos de música brasileira com a força e a contundência característica do rock e do blues, o artista iniciou sua trajetória tendo como “professor” o próprio Maluco Beleza. É que, aos treze anos, Tucunduva, por morar vizinho a Raul, lhe bateu à porta, sendo muito bem recebido e, a partir daí, teve com ele aulas de violão, gravou fitas caseiras ao seu lado e chegou a segui-lo durante as gravações em estúdio de seu penúltimo disco.
Tucunduva, impulsionado pelo ídolo, seguiu em frente, começando a compor e atuando em bandas. Quando de sua passagem pelo Rio de Janeiro, conheceu o renomado tecladista Mu Carvalho, ex integrante da lendária banda A Cor do Som, e dele se tornou parceiro, tendo conseguido, logo em seguida, ver incluída a canção “Enjoado Jungle” na trilha sonora da telenovela global “Vila Madalena”, exibida em 2000. Três anos depois, Tucunduva lançou o CD “Etanoise”, o qual obteve ótima aceitação da crítica especializada.
Acaba de chegar ao mercado o álbum “Antimoderno”, uma produção independente, lançada em formato de envelope e capitaneada pelo próprio Tucunduva ao lado do guitarrista Marcos Ottaviano. Aliás, eles dois e mais Andrei Ivanovic no baixo e Mário Fabre na bateria compõem o quarteto de músicos responsáveis pelos arranjos e execuções das canções. As dez faixas que integram o repertório foram compostas somente por Tucunduva, com exceção de “Caixa-Forte” que é resultante de uma parceria dele com o citado Ottaviano.
Trata-se de um trabalho para ser depurado devagarzinho e com gosto (feito bebida rara). É que são várias as influências explicitadas que vão desde (musicalmente falando) Jimi Hendrix (na excelente faixa-título que também flerta escancaradamente com o samba) até (com citações de versos) Chico Buarque (nas ótimas “Que Sabe a Cabra?” e “Salada Mista”). Aliás, ressalte-se aqui, a primeira metade do disco revela-se de uma inspiração incontestável com destaque para a verborrágica “No Meio do Caminho”. Da mesma forma que não reside qualquer dúvida sobre a evolução e o amadurecimento musical de Tucunduva que, hoje, possui todas as credenciais para ser respeitado como um dos nomes de ponta da nossa música atual.
Ótimo intérprete, com uma extensão considerável de voz e dotado de grande poder de persuasão, ele mostra que, de fato, acredita no que canta. Com um timbre que (e isso é incrível!) lembra também o de Raul (é só ouvir, por exemplo, “Entre a Cana e o Tédio” e “A Amizade É a Mesma”), ele sabe se fazer cativar pelo ouvinte seja quando abaixa o tom para ressaltar o ar sombrio de “Olha Quanta Coisa” (que expõe com maestria o tédio urbano), seja quando traz a lume os ecos nordestinos do repente em “Parafuso Horário” ou ainda quando soa mais que direto em “Soladeira”. É bem verdade que fica claro que o que pulsa mais intensamente em suas veias é o sangue nervoso do rock, o que faz com que, em geral, ele destile críticas bastante ácidas. No entanto, uma fina ironia também lhe é inerente ao espírito, reverberando bem consistente quando ele tira onda com os “moderninhos” de plantão. Essa opção por ir de encontro ao vigente, aliás, é entregue ao ouvinte logo na foto da capa, onde se vê, em preto e branco, a boca escancarada do artista.
Marcio Tucunduva definitivamente não se adequa a rótulos, não segue fórmulas e nem se vende a estratégias de marketing. Relevante e mordaz nas medidas certas, ele faz do novo CD um cartão postal de sua criatividade. Com tiradas inteligentes e uma música com assinatura própria, confirma seu talento inato. Vale super a pena conhecer!

por Rubens Lisboa - Infonet


"Crítica Antimoderno Jornal ABC Domingo"

Letras discursivas cantadas com força e apoiadas nas estridentes e volumosas guitarras de Tucunduva e do ótimo Marcos Ottaviano... Olha Quanta Coisa tem a gravidade de Tom Waits. Atenção para ele.
por Juarez Fonseca - ABC Domingo


"Marcio Tucunduva lança manifesto antimoderno"

Marcio Tucunduva lança manifesto antimoderno
Segundo CD do roqueiro dialoga com clássicos da música brasileira
por Beto Feitosa
Roqueiro com antena ligada no mundo, Márcio Tucunduva lança seu segundo trabalho, o excelente Antimoderno, produção de seu selo Etanoise. O disco tem pegada de guitarra, baixo e bateria mas inclui ecos nordestinos e letras que dialogam com a tradicional música popular brasileira.

Na faixa que abre e batiza o disco brada: "Eu ouço vozes / Mas já ouvi coisas piores" e emenda com "Eu que não nasci no berço da MPB / Não vou brincar de fazer samba". E faz, um samba de guitarra "sem esperar a banda passar". O disco segue assim, com sangue nervoso do rock e um ar de repente, como na extensa letra de Parafuso horário. Ou no tom grave com que canta a sombria Olha quanta coisa. Ele volta a conversar com os clássicos da música brasileira em Que sabe a cabra?, que cita Chico Buarque: "Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às três horas da manhã / Me dá logo um remédio pra tomar / E me manda direto pro divã".

Marcio revela influência de Raul Seixas, especialmente em Entre a cana e o tédio. Vizinhos em São Paulo, o compositor foi o primeiro a ouvir uma música de Marcio que, aos 13 anos, bateu à porta de Raul com seu violão. Além de aulas e conselhos, ainda acompanhou o roqueiro na gravação de seu penúltimo álbum.

As lições com mestre Raul resultam em um artista com forte pegada roqueira e idéias na cabeça. Com boas letras e uma música com assinatura própria, Marcio Tucunduva confirma o talento com seu segundo trabalho. Relevante e consistente, o disco (comercializado em formato envelope e sem encarte - faz muita falta para acompanhar as boas letras) se revela muito criativo. Marcio Tucunduva, certamente, não é um artista de rótulos ou estratégias: o "bicho" pega de verdade no departamento de criação. Antimoderno tem cara atemporal. - ZiriGuidum


"‘Antimoderno’ é um dos melhores lançamentos nacionais de 2010"

‘Antimoderno’ é um dos melhores lançamentos nacionais de 2010
Márcio Tucunduva renova sua ótica sobre criação musical em segundo álbum

Depois do CD de estréia, Etanoise, de 2003, o cantor, compositor e guitarrista Marcio Tucunduva surge em 2010 com o álbum Antimoderno e, nele, combina MPB, blues, ritmos brasileiros com guitarras, baixo e bateria de rock’n’roll. Já na faixa-titulo, primeira do CD (com distribuição da Tratore – LINK), ele mostra a que veio e qual estilo de sua produção, assinada por Marcos Ottaviano, grande nome brasileiro da guitarra blues.



Realmente, ele começa muito bem. A letra diz “Eu sigo andando/Dando pouca bobeira/Sem levantar poeira, sem levantar bandeira/Sem esperar a banda passar”. São apenas dez músicas, mas pelo menos não sobra nada, é um disco enxuto e fiel, como uma faca de corte profundo. Vale destacar “Entre a cana e o tédio”, “No meio do caminho” e “Caixa-Forte” – e isso não invalida as outras canções deste álbum que preza pela unidade sonora. Também participaram desta concepção o baixista Andrei Ivanovic, o baterista Mario Fabre, o produtor Alexandre Fontanetti e o engenheiro de som americano Roy Cicala, que já trabalhou com John Lennon. Finalizando, foi masterizado por Tom Waltyz, em Boston, EUA.

Um dos “professores” de Tucunduva foi Raul Seixas, quando era vizinho do baiano em São Paulo, aos 13 anos. Com Raulzito ele teve aulas de violão, gravou fitas caseiras e o seguiu no estúdio durante a gravação de seu penúltimo disco. Márcio seguiu tocando e cantando em diversas bandas, até vir morar no Rio e produzir ‘Enjoado Jungle’ com Muu Carvalho (A Cor do Som), canção que virou tema de um dos personagens da novela Vila Madalena, da Rede Globo. Agora, em 2010, Marcio Tucunduva firma o pé como uma das grandes novidades do rock ‘crossover’ feito em Terra Brasilis. Parabéns pelo som! (Leonardo Rivera) - Cidade Cultural


"Resenha Guitar Player"

Antimoderno tem a fibra roqueira que esperamos e nada da falsidade do rock pré-fabricado por empresários - o que me leva a crer que não poderia ter ganhado título melhor."
por Henrique Inglez de Souza - Revista Guitar Player


"Tucunduva ecoa Raul com acidez antimoderna"

Resenha de CD
Título: Antimoderno
Artista: Marcio
Tucunduva
Gravadora: Etanoise
Cotação: * * * 1/2

Certo de que a vida pode ser cheia de som e fúria, Marcio Tucunduva fala o que pensa, sem papas na sua língua ácida - opção escancarada pelo bocão aberto exposto na capa de seu mordaz CD Antimoderno. "Eu que não nasci no berço da MPB / Não vou brincar de fazer samba", avisa logo na faixa-título, que abre o disco já no tom roqueiro do trabalho produzido e arranjado pelo próprio Tucunduva em parceria com Marcos Ottaviano. No berço do rock, guitarras dialogam com a MPB e com música nordestina - como em Parafuso Horário, cantado no tempo veloz da embolada e do repente mais arretado - sem deixar de explicitar a influência de Raul Seixas (1945 - 1989), o roqueiro brasileiro que cruzou com sagacidade os sons de Elvis Presley (1935 - 1977) e Luiz Gonzaga (1912 - 1989). Impossível ouvir Entre a Cana e o Tédio sem lembrar da ironia corrosiva do Maluco Beleza. Até porque a voz de Tucunduva lembra a de Raulzito, sobretudo em Que Sabe a Cabra? - cuja letra incorpora versos de Cotidiano (Chico Buarque) e cita Papagaio do Futuro, de Alceu Valença, outra referência que ecoa ao longo das 10 faixas deste disco que expõe o tédio urbano que anestesia e desnorteia o Homem. "Olha quanta banda para lançar / Quanto lixo para ouvir / Mas não eu tô legal, hein... / Vou parar o meu carro / Passeio ao contrário / Do que pede o movimento", alerta Tucunduva em Olha Quanta Coisa. Entre ecos fortes de Raul, o roqueiro paulista destila sua crítica ácida e tira onda dos mudernos, injetando adrenalina e sangue quente na veia do já anêmico rock brazuca dos anos 2000. - Mauro Ferreira - Notas Musicais


"Assombrosa vitalidade de um cara "sem panela""

Marcio Tucunduva é o nome dele. Rapaz novo que aparece com um som vigoroso e de identidade madura e definida. Tem influências de Raul Seixas sobretudo quando rasga seus vocais ou atinge notas mais altas. Vale a pena prestar atenção em músicas como Antimoderno (o nome do disco), Entre a Cana e o Tédio (com riff de guitarra hendrixiano) e Soladeira. Tucunduva não está na turma dos novos paulistanos, e talvez seja até melhor assim. Sua sonoridade é muito mais forte do que a de muita gente vendida por aí como a nova bolacha do pacote. O cara arrasa. / JULIO MARIA - O Estado de S. Paulo


Discography

Antimoderno - 2010
Available internationally @ iTunes, Amazon, eMusic etc

Etanoise - 2003

Photos

Bio

Marcio Tucunduva – Antimoderno release

Combining elements of Brazilian music with classic rock and blues, singer/guitarist/songwriter Marcio Tucunduva releases his sophomore album.

Starting with “Antimoderno”, a mixture of “false” samba and Jimi Hendrix that perfectly reflects the vibe that runs throughout the album, the record is full of Brazilian elements without sounding folkloric. Meaning, yes, it's Brazilian, but do not expect to hear any pandeiros or agogos on the album. Instead, hear how punchy and lively guitars, bass and drums fit very well and naturally with samba, afoxé, frevo and baião without any traces of the easygoingness or softness often associated with Brazilian “modern” music. That's how “Que Sabe a Cabra?” gets away from being your standard afoxé. That's how “Soladeira”, “No Meio do Caminho”, “A Amizade é A Mesma” and “Parafuso Horário” blend samba, maracatu and embolada with vigorous rock and blues. And don't look back.

The production of the album started in 2009, in São Paulo, Brazil. Marcio Tucunduva teamed up with Marcos Ottaviano, one of most accomplished Brazilian blues guitarists, to develop the ideas of what would become “Antimoderno”. In the process, they also involved engineer/producer Alexandre Fontanetti, who recorded all the basic tracks of the album, and legendary American engineer/producer Roy Cicala, who recorded all of the vocal tracks at his new studio in São Paulo. Throughout the record Marcio Tucunduva enjoys the assistance of top-notch Brazilian musicians Marcos Ottaviano on electric guitar, Andrei Ivanovic on bass and Mario Fabre, who currently plays with Brazilian rock band Titãs, on drums. The record was then mixed by Marcio Tucunduva and Marcos Ottaviano at the artist's own facility and mastered by US engineer Tom Waltz.

Marcio Tucunduva is a Brazilian singer/guitarist/songwriter and has started his career having Raul Seixas, the most important Brazilian rock musician as his menthor. He also wrote for pop bands A Cor do Som and Pé-de-Cabra. In 2003, he released his first independent album “Etanoise”, on which he started his pursue for a vigorous mix of Brazilian music and rock. Before that, he had songs on “Vila Madalena” soap-opera (Rede Globo) and “Xuxa Requebra” movie.