MIM

Cantora, compositora e performer, a argentina Mariana Eva nos palcos assume a persona Madame Mim. Canta, dança, provoca, emula pensamentos os mais diversos, leva à reflexão, encanta, diverte. Diva do electropop, faz sucesso no Brasil e Exterior - acaba de voltar de uma série de shows bem sucedidos na Alemanha - e é musa dos descolados e antenados. Antes de enveredar por carreira solo, Mariana foi integrante do Polux, banda que incendiou o underground carioca. Ao vir para São Paulo, passou a caminhar sozinha e se deu bem.

Electric Kool-Aid, seu segundo trabalho, é um disco simples, embora não pareça. Produzido por ela e Superputo, segue os preceitos do chamado Dogma07, criado pela dupla, e que reza 'purificar a criação musical recusando o uso de equipamentos caríssimos e pós-produções que alteram o trabalho e o tornam pasteurizado. Assim, pode-se enfatizar a espontaneidade e o divertimento, tanto para o ouvinte quanto para o artista.' Pode soar filosófico ou teórico, mas na prática funciona, e muito.

Entre beats e grooves com altas doses de latinidad e saudáveis pitadas de energia punk, Mariana Eva/Madame Mim vai despejando sua saraivada de idéias, muitas realistas e até chocantes, outras puramente lúdicas. Assim, o ouvinte pode pular ao som de canções que falam de balada e diversão e, ao mesmo tempo, refletir sobre problemas sociais e a dureza da vida contemporânea. Mas não se preocupe, tudo é tratado com otimismo. Doce otimismo. Entre os temas, Helado de Limón, Bla Bla Bla, Electric Iool-Aid, Corazón Apretado, Papa Destroy e Party Cumbia. Som bem sacado, com qualidade. Para ouvir, chacoalhar e pensar.

link: http://toninhospessotto.blogspot.com/2007/10/usina-sonora.html - Toninho Spessoto

Man, I love Brazil more than I love fish and chips. And I love Fish and Chips. But, obviously, I love Brazil more. It’s all that sexy Latino samba, the hot sun and sandy beaches, not to mention all those scantily-clad women at the Rio Carnival. And as for their music; man, it’s out of this world. Hence why the country’s scene is fast a-growing.

Now London’s premiere Brazilian nightspot, Guanabara, is welcoming one of Sao Paulo’s hottest talents, Madame Mim. Rather than bringing plain old Latino beats to proceedings, Madame Mim spices things up with an eclectic mix of punk, electro and rock, all on a sexy Brazilian backbeat. She’s mighty good at somersaults, cartwheels and thrusts as well… Scandalous!

Whilst playing guitar and singing, Madame Mim will be backed by guest-star Marcelo Vig on keyboards, groovebox, and ‘surprise’ instruments. Quite what these surprises might be remains to be seen, though everyone loves a surprise, so we won’t ponder too much on that minute detail. All you need to know is that Mim will be showcasing tunes from her new album ‘Electric Kool-Aid’, which in our eyes, is the best surprise one could wish for…

Naturally the combined efforts of Mim and Vig create a whirlwind of orgasmic sounds, beats, and dance-floor-fillers which, in a 600 capacity venue, suits us to the ruddy ground. Furthermore, the ‘Hackney Globe Trotter’ Russ Jones will be bringing his mighty repertoire of global beats and world music to the Guanabara, a bonus if ever there was one.

So, all in all, a night of Brazilian drum ‘n’ bass, baile funk, bhangraton, reggae, latin beat, samba and afro-funk goodness. Man, try saying that with a mouthful of lemon pie!

MADAME MIM LIVE in a GLOBAL BEATS SPECIAL
With DJ Russ Jones
Thursday 13th March
Parker Street, Corner Drury Lane,London, WC2B 5PW
£5 after 9pm

link: http://www.planetnotion.com/future_gigs/madame_mim_global_beats_special_guanabara_13th_march.html - PlanetNotion

Uma mistura de punk; de electro com rock latino, uma pitada de cumbia eletrônica e mais uma série de novidades para as pistas de dança é o que pode ser conferido no último CD de Madame Mim, ´Electric Kool-Aid´. A cantora e DJ Mariana Eva apresenta seu novo trabalho, amanhã, na Feira da Música e no projeto Noise 3D, que volta à cena cearense no Music Box Bar

Dois shows em uma mesma noite não é para qualquer um. No entanto, Mariana Eva não teme o desafio. ´Não costumo fazer. Mas acredito que com o público de Fortaleza vou tirar de letra e espero que os dois shows sejam inesquecíveis não só para mim´, afirma.

É a primeira vez que Mariana traz o projeto Madame Mim, que tem seis meses, para Fortaleza e comenta estar ´super contente´ de já poder tocar por aqui. Assim, promete um show para dançar e se divertir. ´É isso que proponho e é esse meu objetivo. Se as pessoas se divertirem no show, tanto quanto eu me divirto cantando, creio que todos vão gostar´, diz.

No repertório, estão músicas do último disco, como ´Helado de limon´, ´Bla Bla Bla´, ´Chikas´, ´Corazón apretado´, entre outras. Além disso, Mariana adianta que também vai tocar algumas versões em português de músicas latinas, incluindo ´Fiesta de cumpleaños´, da mexicana Maria Daniela.

Carreira

A argentina Mariana Eva veio ao Brasil pela primeira vez aos 4 anos. No Rio de Janeiro, morou toda a infância. Depois, voltou a Buenos Aires e, mais tarde, se mudou para San Francisco, nos Estados Unidos.

Agora, em São Paulo, ela se dedica exclusivamente à música no projeto ´Madame Mim´ e também atua como DJ na noite paulistana, mostrando as novidades de música eletrônica da América Latina.

Mariana começou tocando punk porque ´não sabia tocar nada´. Segundo revela, não havia outra alternativa já que não sabia como fazer nenhum outro som. Com o fim da banda Polux, partiu para carreira solo. ´Fiz o ´Mim´. Comecei botando as músicas novas no computador porque não tinha mais banda´, lembra. Do trabalho experimental surgiu o primeiro CD ´Eu mim meu´, que saiu pela Lua Music em 2005. Porém, demorou três anos para ser feito e foi um processo bem cansativo.

Pensando em uma forma de simplificar este processo, a cantora e seu parceiro Superputo organizaram uma série de doutrinas para produzir música, o Dogma07, e assim surgiu o electropop da Madame Mim.

Dogma07

De acordo com Mariana, o objetivo do Dogma07 é purificar a criação musical recusando o uso de equipamentos caríssimos e pós-produções que alteram o trabalho e o tornam pasteurizado. Dessa maneira, pode enfatizar a espontaneidade e o divertimento tanto para o ouvinte quanto para o artista. A expectativa é que o público possa se envolver mais intimamente com o disco.

Baseado nisso, o último CD foi feito no prazo de um mês. ´Tentamos transformar o processo mais natural e com as regras do Dogma07 nos focamos a fazer isso. Foi muito legal!´, diz.

Desta forma, o público se torna um parceiro de Mariana.

Lembra que o projeto está muito voltado para os shows e, por isso, busca um espetáculo que fique mais divertido. ´Para possibilitar isso, a internet é muito importante, pois tenho contato tanto com os produtores, quanto com o público´.

Dogma07 - regras

As composições devem ser feitas em no máximo duas horas.
O computador não deve ser usado.
Plugins, filtros e auto-tune são proibidos.
O equipamento utilizado na composição e gravação não deve ser caríssimo.
O estúdio de gravação deve ser caseiro. Não existe nenhum vazamento capaz de arruinar uma boa música.
Os teclados devem poder ser tocados com dois dedos.
A música não deve conter efeitos sonoros externos ao momento da gravação (barulhos, explosões etc).

link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=461675 - Izakeline Ribeiro

Los hermanos marcaram presença na Feira da Música de Fortaleza. Quer dizer, os argentinos do grupo Velenio Funk e a cantora Mariana Eva, mais conhecida como Madame Mim

Com nove anos de estrada, o Velenio Funk não veio com nenhuma cancha, só com a cara e a coragem para cumprir sua primeira apresentação no Brasil. Por aqui lançaram o álbum homônimo, fazendo jus ao ritmo norte-americano, com uma pegada às vezes mais próxima do rock, outras do jazz. O quinteto reúne músicos igualmente talhados para estas variações Cristian Cendra (baixo), Javier Lias (bateria), Martín D’Auria (flauta e saxes alto, tenor e soprano), Sebastián Gangi (teclados) e Rodolfo Escorihuela (guitarra).

O álbum de estréia, lançado no ano passado, conta com as participações da cantora Gladys Caldas e do saxofonista Pablo Porcelli, na releitura do standard “Killing me softly with his song” (Charles Fox e Norman Gimbel). Certamente não é a melhor das dez que compõem o álbum. Nelas, os slaps são constantes, o que não impede uma boa variação de timbres, até mesmo mais étnicos e comportados no começo da fusion “Trigonométrico”. Tem ainda os sopros e arranjos mais melódicos, em “Pepper” e “Marcus”, talvez já preparando o espírito para a canção levada no final, em piano, sax e interpretação não tão azeitada, principalmente nos agudos. “Desde el cielo” é outra que começa quase lounge, ganhando mais ímpeto aos poucos, fechando com um solo de guitarra mais sujo. Mais jazzy, quebrado, o Velenio se mostra, de cara, em “57 días” e “Flash”. Ainda mais vibrante, do inicio ao fim, a banda soa em funks elaborados como “Dinastía”, “Fatos” e “Veneno Funk”. Há sempre espaço para bons solos em dia com o suingue e a técnica de cada hermano. Vitória da música.

Dogma punk

A argentina Mariana Eva foi uma das principais atrações da Feira da Música de Fortaleza, e chega a seu segundo disco assumindo o codinome de Madame Mim e um electro-pop que deixa de lado o rock mais industrial e quase baladeiro de seu primeiro álbum, lançado há dois anos como Mim, e talvez ainda influenciado pelo punk do seu ex-grupo carioca, o Polux. Radicada agora em São Paulo (antes do Rio, ela estudou teatro e cinema na Califórnia), a excêntrica fez muita gente pensar no Montage, com um show baseado em seu novo álbum.

Punk, ela continua na sua atitude iconoclasta. O que pode ser suficiente não apenas para os freqüentadores da casa noturna Inferno, na Rua Augusta, onde ela costuma fazer suas performances. Outro dado dessa atitude é o manifesto Dogma 07, com que ela pretende “purificar a criação musical recusando o uso de equipamentos caríssimos (até dois mil dólares) e pós-produções que alteram o trabalho e o tornam pausterizado, enfatizando a espontaneidade e o divertimento tanto para o ouvinte quanto para o artista, envolvendo mais o público”, conforme o encarte. As sete regras de seu polêmico dogma incluem ainda: músicas feitas em no máximo duas horas; não uso de efeitos, computadores e outros apetrechos por “nerds”; uso de estúdios caseiros e até uma valorização de acordes básicos, “teclados tocados com dois dedos”.

Em um mês, então, o produtor Superputo acabou “Electric Koo-Aid”. Em espanhol, a festa argentina traz referências bem peculiares a picolés de limão, patinetes, garotas de seios pequenos, corações apertados, separações traumáticas, pais destruidores, super-grávidas e escatologias. Se você não entender bem, pode se contentar com “Festa de aniversário”, a única em português: “Hoje é a festa do meu aniversário/vou tratar a todos como meus escravos”, “o menino se aproxima/melhor dançar com a minha prima” e “minha vida não vale nada sem a guitarra Gladiator”. Tudo isso entre o festival de sonoridades da electro, com suas batidas às vezes próximas do funk carioca, sempre com melodias toscas, cavernosas, um resultado talvez até coerente com o dogma docemente punk da hermana. Sobretudo nos remixes.

CD
"Eletric-Kool-Aid"
Madame Mim
14 faixas
R$ 24
LUA MUSIC
2007

link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=465206 - Henrique Nunes