Cidade da Praia, 14 jan (Luas) - A cantora Neuza, com o CD "Flor di Bila", é a artista cabo-verdiana com maior número de nomeações para "Cabo Verde Music Awards" (CVMA), cuja gala está marcada para 08 de março, anunciou hoje a organização.
Numa conferência de imprensa, Soraia de Deus, da organização dos CVMA, evento promovido pela empresa cabo-verdiana GMS Entertainment, pertencente ao cantor Gilyto, indicou que são 39 os nomeados para as 21 categorias a concurso.
Das 21 categorias, 17 são escolhidas pelo júri, presidido pela cantora cabo-verdiana Tété Alhinho, três são decididas pelo público e pelo júri - "Melhor DJ", "Melhor Banda ao Vivo" e "Melhor Artista em Palco" - e uma totalmente pelo público - "Melhor Música do Ano" -, cuja votação "online" e "sms" começa a 20 deste mês.


Ler mais: http://visao.sapo.pt/cantora-cabo-verdiana-neuza-com-seis-nomeacoes-para-o-cabo-verde-music-awards=f765192#ixzz2z9NzUcDb - VISÃO

Cidade da Praia, 14 jan (Luas) - A cantora Neuza, com o CD "Flor di Bila", é a artista cabo-verdiana com maior número de nomeações para "Cabo Verde Music Awards" (CVMA), cuja gala está marcada para 08 de março, anunciou hoje a organização.
Numa conferência de imprensa, Soraia de Deus, da organização dos CVMA, evento promovido pela empresa cabo-verdiana GMS Entertainment, pertencente ao cantor Gilyto, indicou que são 39 os nomeados para as 21 categorias a concurso.

Das 21 categorias, 17 são escolhidas pelo júri, presidido pela cantora cabo-verdiana Tété Alhinho, três são decididas pelo público e pelo júri - "Melhor DJ", "Melhor Banda ao Vivo" e "Melhor Artista em Palco" - e uma totalmente pelo público - "Melhor Música do Ano" -, cuja votação "online" e "sms" começa a 20 deste mês.

Esta última categoria tem como finalistas Neuza, em dueto com Michel Montrond, com "Trabessado", Nelson Freitas, com "Bo Tem Mel" e Djodje com Ferro Gaita, com a música "Um Segundo".

Neuza, com o seu primeiro trabalho, "Flor di Bila" é a artista mais nomeada, com seis nomeações, entre elas a de Melhor Voz Feminina e Música do Ano, seguida pelos também jovens Dino d`Santiago e Nélson Freitas, com quatro, Tó Alves, Dodje e TLDreamZ, todos com três, e Ceuzany, Sara Alhinho, Grave Évora, Zé Luís, Ló, Toy Vieira e Gaita Ferro, todos com duas nomeações.

Os nomeados para a Melhor Voz Masculina são Dino d`Santiago (com a música "Eva"), Ló ("Luz di nha Vida") e Tó Alves ("Benson"), enquanto as para a Melhor Voz Feminina recaem sobre Neuxa ("Flor di Bila"), Ceuzany ("Nha Vida") e Sara Alhinho ("Mosaico").

O artista revelação tem como nomeados Neuza, Sara Alhinho e Dino d`Santiago.

Em concurso estão 21 categorias: Funaná, Batuku/Kola Sanjon, Cabo Zouk/Cabo Love, Morna, Coladera, Rap/Hip Hop, Reggae/R&B/House, Música do Ano, Voz Masculina, Voz Feminina, Artista Revelação, Artista em Palco, Banda ao Vivo, Álbum Eletrónico, Álbum Acústico, Videoclip, Produtor Musical, Instrumentista, Compositor, DJ e Animador de Rádio.

O Prémio Carreira, que nas edições anteriores homenageou Cesária Évora, Bana e Zeca di Nha Reinalda, só será conhecido apenas durante a gala, disse Soraia de Deus, que se limitou a indicar que será entregue a uma mulher.

Outro galardão extra competição é o Prémio Ação Social, a conhecer na próxima semana, que irá premiar o artista/grupo que mais contribuiu para o combate à pobreza em 2013.

Metade das receitas de bilheteira será destinada a uma instituição de solidariedade social cabo-verdiana ligada à igualdade do género. - RTP

If we know anything of Cape Verdean music, it is largely due to the efforts of one man: Jose DaSilva, founder of the Lusafrica label, and producer of the late great Cesaria Evora.

Since that diva's death, there have been many singers touted as having "inherited the mantle of Cesaria Evora." What attracted me to the PR announcing Neuza's set at was that this phrase was nowhere in sight, and instead stressed her roots in the island of Fogo, and her mastery of its specific musical repertoire. When I sat down with Mr. DaSilva, he made it quite clear that his interest, beyond her being an excellent singer, was this repertoire. - http://www.huffingtonpost.com/arts/

A cantora Neuza vai marcar presença esta semana na segunda maior feira da World Music na Europa, Babel Med. Além da artista vai estar também no evento o ministro da Cultura, Mário Lúcio Sousa, o produtor Djô da Silva e o produtor Augusto (Gugas) Veiga.

Acontece ainda esta semana, de 20 a 22 de Março, a 10ª edição da Babel Med que tem lugar em Marselha (França).

Como já tinha sido anteriormente noticiado pelo SAPO Muzika, Neuza vai estar presente no evento, onde deverá ser a única cantora cabo-verdiana a estar em palco onde acontecem em média 10 concertos por dia.

Além da Neuza marcam presença no evento o produtor Djô da Silva, da Harmonia/Lusafrica, que recebeu na edição anterior do Babel Med Music o "Prémio Especial Babel Med”. Outro produtor nacional que deverá estar no evento é Gugas Veiga da AV Produções.

Confirmada está a presença do lado de Cabo Verde do ministro da Cultura, Mário Lúcio Sousa, e ainda no âmbito da AME, (Atlantic Music Expo Cabo Verde), vai estar no evento a responsável da feira, Ana Maia. Recorde-se que este ano a AME acontece de 8 a 11 de Abril de 2014, na Cidade da Praia. A Atlantic Music Expo estreou-se no Babel Med em 2013. - SAPO CABO VERDE

Neuza the new singing ambassador of Cape Verde during Babel Med Music - DEMOTIX

The fairy dust might have taken awhile to come out but for Neuza it is never too late to see her childhood dream come true.

Since the release of her debut album "Flor Di Bila" in 2013, Neuza has garnered huge success and there is no doubt that, as a younger singer, she is in a class of her own. A sensational vocalist whose singing took root in the volcanic Island of Fogo, Cape Verde, Neuza has received award nominations, made her U.S. debut in February, and she is now embarking on a promotional tour that will take her to Africa and Europe.

Tucked into a booth at Boston's Restaurante Cesaria, flanked by her assistant, the singing sensation's captivating, infectious personality was in full display, enthusiastically answering questions and occasionally making jokes. This is no longer the little girl who grew up poor in a run-down neighborhood. The 29 year-old is a changed woman. "Dreams do come true," she whispers. "I always wanted to be a singer, to record an album that tells the rich history, the culture of the island of Fogo. This album was an opportunity for me to really explore all the different music styles, especially those who haven't been heard and that my mother used to sing to me when I was a child."

Neuza kindly admits that her success came as a surprise but one that she hoped for. For "Flor Di Bila," music mogul, Jose Da Silva of Lusafrica, assembled all-star musicians--Kaku Alves, Totinho, Zeca Couto-- and songwriters including Paulino Vieira, Antero Simas and B. Leza. The result is simply a breathtaking collection of songs (talaia baxo, rabolo, morna and coladera) and most importantly a groundbreaking album. The track, "Trabessado," a duet with Michel Montrond, and the album received rave reviews, winning the singer six award nominations (CVMA) and set her on track for success in Cape Verde and its Diaspora where the album reached number one. "I am pleased with how the album has been received. It makes me very happy. But I have to admit that I was completely shocked to hear all those nominations. I was not expecting it so soon but it is a great feeling to be rewarded for my hard work. This gives me strength and confidence to go forward with my career. I am so thankful and happy with the way people have received me and my album," she says.

She was definitely well received in the United States where she had four sold out concerts, including one at New York City's premier venue for world music, the Sounds of Brazil, commonly known as S.O.B.'s. Neuza particularly enjoyed the attention, the kindness and unconditional love she received from the vast Capeverdean community in Boston and New York. "I have never seen that, people were so nice, gave me so much attention," she utters showing her emotional side. "I really wanted to thank everyone who came to my shows, even during the snow storm they came and we had a lot of fun. I will bring all this back with me to Cabo Verde. I will never forget."

Jose Da Silva is responsible for making Neuza's chart dreams come true by giving her a chance to record her first album. Jose is no stranger to discovering new talents, being the architect of the career of the late singer Cesaria Evora whose voice charmed world. Jose eventually signed Neuza after he was stunned by her voice. "I had a strategy when I initially signed her but it keeps on changing day by day. For a singer who had no professional experience it was a real surprise to see how quickly she reached success. The initial plan was to give her 3 years to get ready for the international stage," says Jose. "The success of the record and her superb stage presence forced us to alter the strategy."

Part of this strategy is to of course fully promote "Flor Di Bila" outside Cape Verde, starting with several television and radio appearances in Portugal and concerts in Abidjan, Ivory Coast. Neuza just showcased her talent at the Babel Med Music, an economic and cultural event widely recognized as one of the best the World Music industry, which took place in Marseille, France, from March 20th through March 22nd. Neuza had the opportunity to not only perform but she also did radio and television interviews as well as interactions with artists from around the world. For her first appearance on the world music stage, Neuza surely made an impression. After her performances, one critic wrote "Neuza's charming voice travels along the rhythms of the lesser known volcanic island of Fogo, where the singer has established herself as the new star of Cape Verde's prolific music scene." This was exactly the kind of reaction and praise Jose was expecting. "This was a great opportunity for Neuza because there were about 3 thousand professionals of music, among them promoters, producers. We hope to garner interest from festivals in Europe. She's already booked for three festivals this summer and these are just people who invited her after hearing about her and her album. This is just the beginning," says Jose.

Neuza's road to success was one fraught with pain and suffering. She was raised by a single mother, a singer who moved to Praia, the capital city of Cape Verde, in search of a better life. Neuza had the privilege of hearing her mother sing the Island of Fogo's traditional sounds and melodies, which she inherited. Unfortunately, her mother passed away when she was just 6 years-old. "She had a beautiful voice. After she died, music became my companion," she says as she reminisces about her life as a teenager singing while she washed dishes in a restaurant. It was there, while she worked in the kitchen, that her coworkers heard her amazing voice and convinced her to take the stage. "After I finished my first song, people started clapping and I ran back to the kitchen. I was very shy at the time," she says as she laughs. Neuza did not run away when a friend invited Jose Da Silva to a restaurant where she was singing one night. For years, Jose had planned to record an album that reflects the sounds and styles of Fogo but he needed the ideal, unique voice. "I came in and she sang a few renditions, nothing that I had not heard before. To be honest, I was not really impressed and I was about to leave when she sang a Talaia baxo. It was amazing. I asked my friend where she was from and he told me that she was from Fogo," recalls Jose. "I sat down again, listened to a few more songs and I then had a conversation with her and decided to sign her right away. I was lucky."

A decade or so ago, others like Agusto Cego, Talulu or the Mendes Brothers had delved into Fogo's unique styles of traditional music, producing outstanding albums that at that time raised the standards for musicians in general and brought Fogo to the forefront of Capeverdean music. Unfortunately, these albums failed to make much impact internationally despite the blend of innovation and intelligence. Whether it was a lack of proper distribution or simply lack of luck, these artists paved the way for others, including Neuza. With her stunning voice, charisma and stage presence, Neuza certainly has the ability to reinvent these styles in a way that will appeal and make sense for a modern, worldwide audience. The difference for Neuza is that she has the financial backing, machinery and experience of Jose Da Silva who is known for having the formula for success. With four sold-out shows in the United States, coupled with two CVMA statues (Best Coladera for the song Djar Fogo and Best Morna for Flor Di Bila), her exquisite personality and a captivating smile, there isn't any doubt that Neuza is ready to conquer the world. - SODADE

A cantora Neuza, a voz do momento, vencedora de dois prémios nos CVMA (Cabo Verde Music Awards 2014, a melhor morna e melhor coladeira), está com uma agenda cheia de shows pelos Estados Unidos da América (EUA), África, Europa e Ásia.



Dorchester, New York, New Bedford (EUA), Costa do Marfim (África), Marselha (França) são os palcos que esta voz revelação da ilha do Fogo já pisou. Sábado, 29, será a vez da cidade Pierrefitte, também em França.

Depois de visitar esses três continentes, Neuza de Pina tem um concerto marcado na sua ilha natal, Fogo, no domingo, 30, para as comemorações da festa maior da ilha do Vulcão, nhu São Filipe.

Depois de uns dias de descanso, Neuza regressa à estrada, começando desta feita pela Áustria, a 16 de Maio, para um espectáculo em Urbersaxen, e depois Harden, 17. Na Alemanha inicia uma incansável performance por 11 cidades, de 18 de Maio a 5 de Junho.

Neuza regressa no final da tournée para a França para mais dois shows, um em Paris (6 de Junho) e outro em Angoulême (8 de Junho), no festival de Musiques Métisses.

QUEBRA DE ROTINA

Esta cantora, que estava acostumada a cantar em espaços muito pequenos em Cabo Verde, explodiu assim que lançou “Flor de Bila” há menos de um ano. Um álbum que contém estilos musicais próprios da ilha do Fogo, como Curcutiçan, TalaiaBaxu, entre outros.



Neuza está satisfeita com a aceitação do seu primeiro CD e com o carinho que está a receber do público, tanto estrangeiro como dos cabo-verdianos. Numa das cidades da França em que passou deu-se conta que Cabo Verde é conhecido muito bem no estrangeiro pela música e encontrou um iraniano que lhe disse que conhece as músicas cabo-verdianas através de Cesária Évora. “Ele é a décima quinta pessoa que me diz que o fiz chorar porque recordou Cesária Évora. Deus dê descanso a essa senhora, que ela merece. Colocou Cabo Verde onde não imaginámos”, escreveu na sua página de facebook. - A NAÇÃO

Song saturated with soudade, humor, and irresistible dance rhythms are as omnipresent as ocean breezes on the Islands of Cape Verde. In April it is the destination of industry professionals and music lovers for the Atlantic Music Expo and Kriol Jazz Festival in Praia on Santiago, largest of 10 islands that make up this country. Draw a line from Europe to Brazil or Senegal to the Caribbean and you pass through the Cape Verdean Islands. Its location and historical importance in the slave trade makes it an ideally suitable environment to bring these elemental cultures together. In its music can be heard echoes of zydeco, blues, fado, and influences of zouk and kompa.

In its second year, the Atlantic Music Expo is providing a platform for these cultural exchanges. Taking place April 8-10, music professionals from both sides of the Atlantic, Africa, and Cape Verde gather. In turn the event is an opportunity for artists to showcase their music to this influential gathering. Last year 500 people, professionals and artists attended the conferences, workshops and over 20 shows over three days.

Marcy Depina says of the AME’s role “Given the very nature of how the country came into existence, its a very natural development to have the AME here. Its about opportunity, for the artist, to have this platform, particularly for African artists. Its an exciting time, another marker for Cape Verdean development.”

The Kriol Jazz festival April 10-12 begins as the Expo closes. The festival’s objective is to promote Creole music from all the islands, Caribbean, Indian Ocean, and Africa itself. Monte Alexander (Jamaica), Maya Kamaty (Reunion), Ron Savage (U.S.), Bonga (Angola), Habib Koite (Mali), Ismael Lo ( Senegal), Kenny Garrett (U.S.) join local artists Nueza, Tcheka, the Cesaria Evora Orchestra, Carlos Mendes Candida Rose, Sara Tavares and others on stage.

Sizzling funana, percussive batuca, soulful morna, coldera, samba, zouk just few of the genres popular locally. Funana pairs accordion and ferrinho (metal scraper) conversing at a lively pace. Batuque is a rhythm of resistance, beat out on laundry by women in circles during colonial era when drumming was a criminal offense. Morna is the well known slow tempo form of song and dance saturated in melancholy or soudade, a soulful wistfulness.

Nueza is an exciting young voice “singing the songs that were for adults back then, and now no one listens to now” she tells Caribbean Life prior to her U.S. debut in February. With a pretty pretty smile and direct manner, she related how she came to be here. Her father set out for the U.S. when she was four years old and was never heard from again, her mother, a singer, died of cancer when she was six, the memories of her parents are carried in the songs.

The events of her life seem to have charted fate that she sing this music, it is also a childhood dream come true, and when she sings she is recalling her parents, her childhood, her life. “Since I was I a child I always loved to sing, music was a comfort to me, music became my companion without my mom and dad. This changed with the first time she sang in public, at Frontera a Praia bar, on a dare. Soon after she met her manager Jose da Silva and her career has taken off.

Tcheka and Sara Tavares, two exciting contemporary artists performing at Kriol Jazz whose music transcends categorization. Tcheka, born into a musical family in northern Santiago has forged his place as an innovative guitarist and gifted singer/songwriter. He says, “When I create a song, it is like a sequence of images, like the frames of a film, before my eyes – the melody is itself a story I actually see in my head, and then I write the lyrics according to that vision.”

Sara Tavares, a Cape Verdean from Lisbon brings an original vision to the traditional, personal and multicultural at once, it begins with a search for identity, an issue that confronts many in her generation and she unravels in beautifully poetic songs. “I’m a very simple guitar player...” she says. “I would write my songs as lullabies. I would write little poems for myself to lift me up,” she told NPR radio at the time of her ‘Balance’ release in 2006.

As a crossroads cultural exchanges fostered by the Expo aim to be an positive force for peace through understanding. Minister of Culture Mario Lucio says, “Cabo Verde belongs to every continent.” - Caribbean Life

A morte prematura da mãe poderia ter-lhe calado a voz para sempre. De menina marcada pela pobreza e pelo destino, cresceu no entanto agarrada às coladeiras e às mornas. Fez-se mulher aceitando o pouco que a vida lhe ia dando e desconhecendo ainda o que a natureza superiormente lhe talhava: a voz. Em nome de um sonho que a mãe nunca conseguiu concretizar, gravou este ano o seu disco de estreia, ‘Flor di Bila'. Neuza tem nome de diva, tem ‘fogo' na voz e uma alma cheia de saudade. Já lhe chamam a ‘nova Cesária', e a tempo terá que provar, assim como Lura, Mayra ou Nancy o fizeram, que é apenas e só Neuza, para então ser digna de comparações. "É verdade que muitas pessoas me encostam à Cesária, mas isso não me agrada nada. Eu não gosto. Eu sou somente Neuza. Nunca mais vai haver outra Cesária e eu nunca vou querer comparar-me a ela", diz. Nascida na ilha do Fogo, Neuza desde cedo se habituou à música, mas nem por isso a opção de a abraçar profissionalmente foi pacífica ou fácil. É que à música sempre atribuiu a culpa por lhe ter levado a mãe aos 9 anos. "A nossa vida não era nada fácil, e a minha mãe tinha de cantar à noite para sustentar a família. Nos últimos tempos, ela dormia muito pouco, fumava bastante, e o estado de saúde dela agravou-se. Acabou por falecer de doença prolongada e, embora eu sempre gostasse da música e de cantar, sempre tive medo de ter o mesmo destino dela. A minha infância foi bonita até a minha mãe morrer. Nós éramos pobres e humildes mas éramos felizes. Não tínhamos nada mas vivíamos debaixo de um tecto e a música da minha mãe alegrava-nos muito. Eu e as minhas irmãs aprendemos a viver assim, mas quando ela morreu foi muito complicado", conta. "Ao longo da vida, no entanto, sempre fui conhecendo outras pessoas, e esse medo um dia terminou. Devo muito aos meus familiares e aos amigos que me encorajaram", diz Neuza, que há três anos abraçou então a música de forma profissional. O primeiro disco, ‘Flor di Bila', é agora lançado aos 27 anos, cheio de sentido e dedicatórias. "Este disco é dedicado a Cabo Verde e à minha ilha, a ilha do Fogo. Fala de histórias de amor e de saudade. Como a maior parte da população do Fogo está emigrada, este disco fala muito disso, de saudade." Pelo meio, claro, uma homenagem à mãe. "O nome, ‘Flor di Bila', conta precisamente a história de uma senhora que era a mulher mais bonita do Fogo, e eu sei que, onde estiver, a minha mãe estará a ouvir esta canção", diz Neuza, que finalmente conseguiu concretizar um sonho antigo. "Eu dou graças a ela pelo dom que me passou. Sei que tenho isso no sangue. O sonho dela era gravar um disco, mas o destino foi trágico e não o permitiu. Agora estou a realizar o sonho dela." E para o caso, se Neuza é ou não a nova Cesária, isso tem muito pouca importância!

Ler mais em: http://www.vidas.xl.pt/noticias/exito/detalhe/neuza_sera_ela_a_nova_cesaria.html - VIDAS XL

Standard bearer of the Cape Verdean traditions

Cape Verdean musicians tend to go down one of two paths: one of interpretation, set on preserving musical forms from the islands; the other of innovation, drawing on these forms to express something altogether new and fresh. Like Cesaria Evora, Neuza follows the former path.

The songs on this debut CD are largely traditional: many are standards and all are performed with a typical Cape Verdean semi-acoustic band of Portuguese mandolin, guitars and a bass and drum backing. What sets them apart is their place of origin. While most of Cape Verde’s internationally well-known musicians hail from São Vicente (where Cesaria was from) or Santiago (the main island), Neuza was brought up on the volcanic island of Fogo, where she learnt music associated with that island. ‘Trabessado’ is a curcutiçan – a lively lyrical joust between a male and female singer over a swinging rhythm – in which Neuza teases silky-voiced Michel Montrond about his virility. It’s a delight, as are the more downtempo numbers, which include a deliciously languid, smoky rendition of B Leza’s morna ‘Deuza’ and the gorgeous ‘Um Ten Sodade’, a song soaked in sweet sadness.

This album deserves to be widely played – it’s slick without being superficial, soothing without eliciting Smooth FM. Neuza has a sweet, coaxing voice that recalls a young Cesaria, before her vocal chords were soaked in cigarette smoke and whisky. And while there is little here that is groundbreaking, this is an accomplished debut from a singer whose music is as easy on the ear as the Atlantic waves lapping on the beach in Tarrafal, and who promises a great deal.

TRACK TO TRY: ‘Trabessado’ - SONGSLINE

Neuza perfuma B. Leza com “Flor di Bila”
05 Outubro 2013
Já era madrugada deste sábado quando Calú Moreira chamou Neuza ao palco do espaço B.Leza, em Lisboa, para a sua estreia fora de portas. Recebida com muito entusiasmo pelo público, cedo se sentiu em casa. “Rabolo” foi a pedra de toque para uma actuação plena de ritmo, alegria e simpatia.Neuza perfuma B. Leza com “Flor di Bila”
Para o reportório, Neuza escolheu oito temas do seu primeiro trabalho “Flor di Bila”. “Trabessado” e “Djes kabá bá” levaram a sala ao rubro, o que motivou a cantora a comentar “ês sala stâ lumi, ê si qui’n ta gosta”.

No final, com o seu sorriso de sempre, disse ao asemanaonline estar espantada com o calor do público e que as expectativas em relação à sua estreia foram superadas e que seja o início de várias actuações juntas das comunidades cabo-verdianas espalhadas pelo mundo.

A cantora disse ainda ter nascido na Praia e que por contingências da vida tem-se repartido entre esta cidade e a ilha do Fogo. “Um ten sodade” de Totoy de nhô Mano", seria a faixa que escolheria para um retrato da sua vida cuja companhia é a voz da sua mãe, já desaparecida, das noites que a escutava nas serenatas.

Na próxima sexta-feira Neuza voltará a pisar o palco do B.Leza para mais uma noite de festa, dos ritmos da ilha de Ana Procópio e Tintina.

AC - A SEMANA

“Flor de Bila” é o primeiro CD da cantora Neuza de Pina, natural da ilha do Fogo, que será lançada no dia 12 de Julho, pelas 21 horas, na Casa da Bandeira, na ilha do Fogo.

O disco tem 12 faixas e compila vários estilos como talaia baixo, coladeira, morna e samba. O CD contou com a participação de Michel Montrond e outros músicos. Foi gravado entre a ilha do Fogo e a cidade da Praia. - EXPRESSO DAS ILHAS

Neuza, a nova voz feminina das ilhas, estreia no mercado da música cabo-verdiana com "Flor di bila". Aposta da Lusáfrica/Harmonia, Neusa chega com a sua bela voz e presença cativante, pondo em destaque temas alusivos à ilha do Fogo, sua terra natal, como talaia baxu e rabolo. O lançamento do CD acontece este sábado, 29, num espectáculo na cidade de São Filipe.Neuza estreia no mercado da música cabo-verdiana com
Além dos ritmos da “terra do vulcão” o disco "Flor di bila" tem também mornas, sambas e coladeiras. Em "Trabessado", um dos temas deste álbum, Neuza apresenta o kurkutisan (cantiga de desafio e de maldizer), uma ícone da tradição musical do Fogo. A música foi gravada em dueto com Michel Montrond, cantor e compositor da mesma ilha.

O letrista Putchota também participa no disco com três temas, além de outros compositores menos conhecidos. Entre os nomes mais sonantes do repertório de Neuza constam, por outro lado, B.Léza, Paulino Vieira e Antero Simas.

A somar estes grandes compositores da música cabo-verdiana há também um leque de instrumentistas que acompanham a gravação do CD: Kim e Kako Alves, Ivan Medina, Michel Montrond, Moisezinho, Alcides Nascimento (guitarras), Djassa Pereira, Nenelo (cavaquinhos), José Pedro Cardoso (baixo), Zeca Couto (piano, órgão, acordeão), Khaly (piano), Totinho (sax, percussão), Rob Leonardo (bateria e percussão) e os coristas Fatú Djakité, Djodje e Margarida Pio.

Os primeiros passos na música

A voz de Neuza despertou a atenção dos colegas quando trabalhava numa cozinha de um restaurante na cidade da Praia. Após insistência dos amigos para cantar em público, Neusa decide avançar.

Começa a fazer shows num restaurante da cidade da Praia a convite do músico Manuel de Candinho. A partir daí torna-se a nova voz das noites cabo-verdeanas na capital.

Mais tarde, foi ouvido pelo produtor Djô da Silva que lhe propôs a gravação de um disco. E surge assim “Flor di bila”, gravado no primeiro trimestre de 2013, e apresentado agora ao público cabo-verdiano. - A SEMANA

Neuza parte no dia 30 de Janeiro para os Estados Unidos de América (EUA) para apresentar seu primeiro álbum “Flor di Bila”, em três shows.

Em declarações à Agência Inforpress, Neuza contou que o primeiro espectáculo terá lugar no dia 15 de Fevereiro em Dorchester, Boston, depois segue-se Nova Iorque, no dia 20 de Fevereiro, e o terceiro e último em New Port, Massachusetts.

“Os convites surgiram da parte de vários produtores de eventos e por ser a primeira vez, a recepção nos EUA vai ser uma loucura, porque são muitas as pessoas que estão contentes com a minha ida”, disse.

Segundo a artista foguense, apesar de os três espectáculos terem já os bilhetes todos vendidos e com o pedido de várias pessoas para dar mais shows, ela não vai poder porque já tem outro compromisso na agenda.

O disco Flor di Bila” que já foi apresentado nas ilhas do Fogo, do Sal, na Cidade da Praia, no espaço B.Leza em Lisboa, Portugal, e em São Vicente, é um trabalho alusivo à música tradicional da ilha Fogo e é composto por 12 faixas musicais, entre mornas, coladeiras, samba, talaia baixo e rabolo.

Produzido pela Harmonia, o álbum foi gravado no estúdio da Harmonia na Cidade da Praia e contou com a participação do músico, também da ilha do Vulcão, Michel Montrond.

“Flor di Bila” é o nome de uma morna antiga dos anos 60, escrita pelo compositor Bussué, radicado nos Estados Unidos de América (EUA), sendo o autor o tema é uma homenagem a mãe desta, que faleceu quando a artista era ainda criança.

Neste trabalho discográfico, além do compositor Putchota, a artista gravou temas do B.Léza, Paulino Vieira e Antero Simas. - SAPO CABO VERDE

Revista: Cantora Neuza lança o seu primeiro disco, “Flor di Bila”, em São Filipe, Fogo. - RTC