Rafael Castro
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Rafael Castro

São Paulo, São Paulo, Brazil | SELF

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"Best show in São Paulo 2012 award"

Na escolha popular pela internet no site do Melhores do Ano, de um total de 25.879 votos, o vencedor foi o paulista Rafael Castro, com 4.731 votos, ou 18% das escolhas.
- Folha de S. Paulo


"Best show in São Paulo 2012 award"

Na escolha popular pela internet no site do Melhores do Ano, de um total de 25.879 votos, o vencedor foi o paulista Rafael Castro, com 4.731 votos, ou 18% das escolhas.
- Folha de S. Paulo


"SOUNDS AND COLOURS PRESENT ‘NOSSA, CARA! NEW SOUNDS OF SAO PAULO’ IN PARTNERSHIP WITH BRASIL MUSIC EXCHANGE"

This is the day we’ve been waiting for, the day in which we finally release our compilation showcasing some of the best sounds coming from Sao Paulo. Nossa, Cara! New Sounds of São Paulo is a labour of love highlighting what we think are some of the most exciting artists to be found anywhere in the world, never mind stacked up on top of each other in the same city.
Nossa, Cara! New Sounds of São Paulo in partnership with Brasil Music Exchange features a wide variety of music being made in São Paulo today. M. Takara 3, Psilosamples and Guizado represent some of the exciting electronic music coming out of the city. Chankas and Bodes e Elefantes make music which has a fearless approach to sonic exploration. The sounds of north-eastern Brazil are represented by Iara Rennó, Juçara Marçal e Kiko Dinucci and Metá-Metá (featuring Juçara and Kiko with added Thiago França). R. Brandao and Lurdez da Luz show the way forward for São Paulo hip-hop. They are joined by Tulipa, Bruno Morais and Lulina, who continue the MPB tradition in delightfully absurd ways, Karina Buhr, Juliana R and Bárbara Eugênia who bring a number of new ideas to the Brazilian cantora tradition, and Rafael Castro, who confounds with each new slice of dexterous folk or rock he puts to tape. - Sounds and Colours


"Disco: “Lembra?”, Rafael Castro"

Talvez seja pelo excesso de trabalhos ou a vasta gama de percursos instrumentais e poéticos, Rafael Castro sempre me assustou. Ainda hoje me pergunto “por onde começar?” em uma discografia que beira uma dezena de lançamentos – todos registros independentes, mezzo caseiros, mezzo profissionais. A resposta mais indicada para essa pergunta talvez esteja no interior do oitavo e mais recente lançamento do músico paulistano, Lembra? (2012, Inependente). Menos irregular e bem estruturado registro de toda a carreira do artista, o novo disco expande os horizontes do compositor, que se distancia de forma assertiva do rock hippie de outrora e aparece apostando em uma sonoridade urbana, por vezes comercial, e naturalmente muito mais atrativa.

Como se partilhassem de um mesmo propósito, cada uma das 14 faixas encontradas no decorrer do presente disco puxam Castro (e o ouvinte) para uma solução de versos cotidianos, como se o disco todo se desenvolvesse ao longo de um só dia. Dentro dessa funcionalidade e concisão constante o músico se esforça para a produção de um registro que desce fácil pelos ouvidos, partilhando em diversos momentos a mesma singeleza confessional que decide os rumos dos iniciais discos de Arnaldo Baptista (Mutantes) em carreira solo. É possível até observar o álbum como uma manifestação mais simples do que flutua nos versos menos experimentais de Fernando Catatau – imagine uma versão mais “pop” de Uhuuu! (2009).

Brincando com as metáforas e ironias nos versos de cada faixa, flertando abertamente com o amor (e a falta dele), além de se desvencilhar a todo o instante do bom humor tradicional que guiava grande parte das composições anteriores, o músico finaliza aquele que parece ser o mais coerente a atrativo trabalho desde que iniciou suas gravações em meados da década passada. Não importa a direção, por todos os cantos do disco ecoam criações capazes de percorrer a psicodelia de maneira experimental (Os Meus Doces São Meus Doces) e o romantismo brega de forma renovada (Lembra?), com o músico estabelecendo uma visão particular do que há trinta anos ocupava a produção musical brasileira.

Mais surpreendente do que notar a capacidade de Castro em nos manter atentos e confortavelmente instalados durante toda a extensão do álbum é descobrir que cada pequena porção instrumental do disco é fruto único do multi-instrumentista. Oposto do que fora proposto nos registros passados, da primeira à última faixa o trabalho se mantém atrativo de maneira hipnótica, com o músico posicionando sem medo o uso de teclados nostálgicos (Você Sabe Como É) e guitarras bem delineadas (Surdo-Mudo) capazes de se entregar ao que há de mais marcante no rock nacional da década de 1970. A medida afasta o músico do desempenho Lo-Fi, tornando curioso perceber a limpidez das formas sonoras de um trabalho gravado no estúdio que o músico mantém na casa dos pais.

Quando voltamos os olhos para os projetos anteriores do cantor é visível como pouco parece ter sobrevivido. Musicalmente Informação e a formatação bucólica que a acompanha – além da letra capaz de brincar de forma humorada com detalhes cotidianos do jornalismo – talvez seja o que há de mais próximo dos trabalhos que precedem o atual registro. Principalmente pela suavidade – que muito lembra a psicodelia folk e acolhedora do último disco de Bonifrate, Um Futuro Inteiro -, a canção posicionada no fecho do disco surge como uma suave recordação do que Castro parecia inclinado a produzir até o último ano, não atrapalhando o desempenho mais enérgico e radiante do restante do trabalho.

Contando com a presença de nomes como Tulipa Ruiz, Leo Cavalcanti e Pélico (todos velhos parceiros do paulistano), Lembra? passa longe de se manifestar como uma sequência aprimorada dos antigos trabalhos de Rafael Castro, afinal, quanto mais tempo passamos dentro da obra de contornos bem estabelecidos e atrativos, mais ela se manifesta como um claro recomeço para o cantor. Sem o esforço de produzir um disco grandioso ou que rompa com possíveis limites da cena independente, Castro apresenta o trabalho que mesmo simples pela forma como se desenvolve, parece ser tão atrativo (ou talvez até mais) do que muitos registros bem conceituados que circulam por aí. - Miojo Indie


"Disco: “Lembra?”, Rafael Castro"

Talvez seja pelo excesso de trabalhos ou a vasta gama de percursos instrumentais e poéticos, Rafael Castro sempre me assustou. Ainda hoje me pergunto “por onde começar?” em uma discografia que beira uma dezena de lançamentos – todos registros independentes, mezzo caseiros, mezzo profissionais. A resposta mais indicada para essa pergunta talvez esteja no interior do oitavo e mais recente lançamento do músico paulistano, Lembra? (2012, Inependente). Menos irregular e bem estruturado registro de toda a carreira do artista, o novo disco expande os horizontes do compositor, que se distancia de forma assertiva do rock hippie de outrora e aparece apostando em uma sonoridade urbana, por vezes comercial, e naturalmente muito mais atrativa.

Como se partilhassem de um mesmo propósito, cada uma das 14 faixas encontradas no decorrer do presente disco puxam Castro (e o ouvinte) para uma solução de versos cotidianos, como se o disco todo se desenvolvesse ao longo de um só dia. Dentro dessa funcionalidade e concisão constante o músico se esforça para a produção de um registro que desce fácil pelos ouvidos, partilhando em diversos momentos a mesma singeleza confessional que decide os rumos dos iniciais discos de Arnaldo Baptista (Mutantes) em carreira solo. É possível até observar o álbum como uma manifestação mais simples do que flutua nos versos menos experimentais de Fernando Catatau – imagine uma versão mais “pop” de Uhuuu! (2009).

Brincando com as metáforas e ironias nos versos de cada faixa, flertando abertamente com o amor (e a falta dele), além de se desvencilhar a todo o instante do bom humor tradicional que guiava grande parte das composições anteriores, o músico finaliza aquele que parece ser o mais coerente a atrativo trabalho desde que iniciou suas gravações em meados da década passada. Não importa a direção, por todos os cantos do disco ecoam criações capazes de percorrer a psicodelia de maneira experimental (Os Meus Doces São Meus Doces) e o romantismo brega de forma renovada (Lembra?), com o músico estabelecendo uma visão particular do que há trinta anos ocupava a produção musical brasileira.

Mais surpreendente do que notar a capacidade de Castro em nos manter atentos e confortavelmente instalados durante toda a extensão do álbum é descobrir que cada pequena porção instrumental do disco é fruto único do multi-instrumentista. Oposto do que fora proposto nos registros passados, da primeira à última faixa o trabalho se mantém atrativo de maneira hipnótica, com o músico posicionando sem medo o uso de teclados nostálgicos (Você Sabe Como É) e guitarras bem delineadas (Surdo-Mudo) capazes de se entregar ao que há de mais marcante no rock nacional da década de 1970. A medida afasta o músico do desempenho Lo-Fi, tornando curioso perceber a limpidez das formas sonoras de um trabalho gravado no estúdio que o músico mantém na casa dos pais.

Quando voltamos os olhos para os projetos anteriores do cantor é visível como pouco parece ter sobrevivido. Musicalmente Informação e a formatação bucólica que a acompanha – além da letra capaz de brincar de forma humorada com detalhes cotidianos do jornalismo – talvez seja o que há de mais próximo dos trabalhos que precedem o atual registro. Principalmente pela suavidade – que muito lembra a psicodelia folk e acolhedora do último disco de Bonifrate, Um Futuro Inteiro -, a canção posicionada no fecho do disco surge como uma suave recordação do que Castro parecia inclinado a produzir até o último ano, não atrapalhando o desempenho mais enérgico e radiante do restante do trabalho.

Contando com a presença de nomes como Tulipa Ruiz, Leo Cavalcanti e Pélico (todos velhos parceiros do paulistano), Lembra? passa longe de se manifestar como uma sequência aprimorada dos antigos trabalhos de Rafael Castro, afinal, quanto mais tempo passamos dentro da obra de contornos bem estabelecidos e atrativos, mais ela se manifesta como um claro recomeço para o cantor. Sem o esforço de produzir um disco grandioso ou que rompa com possíveis limites da cena independente, Castro apresenta o trabalho que mesmo simples pela forma como se desenvolve, parece ser tão atrativo (ou talvez até mais) do que muitos registros bem conceituados que circulam por aí. - Miojo Indie


"Rafael Castro: "Lembra?" trilha a nostalgia de seus dez discos"

Completando exatamente hoje uma nova primavera em sua vida é que Rafael Castro comemora sua décima e mais recente produção de estúdio, com um título saudoso e propício que fecha muito bem o ciclo de todas as datas e festejos citados: Lembra? é o disco da fatídica e famosa idade dos 27 anos, momento no qual vários artistas ficaram marcados, mas nesse caso é para o bem e um pensamento de longevidade.

Vindo do interior de São Paulo, a cidade de pequeno a médio porte (Lençóis Paulista) deu base ao cantor, que ainda busca ali refúgio em seus vínculos musicais iniciais ao compor. Trazendo os sonhos revolucionários na mochila, Castro coliga hoje sua rotina paulistana atual sem perder seus ideais, produzindo um Rock honesto, desacelerado e que surpreende com as letras de cada canção revelada. Nem só de reclamar de amor não correspondido, paixão a primeiros olhares e vingança pré-meditada através de metáforas é que vivem as músicas de Rafael, muito pelo contrário. O músico traz muitos momentos do cotidiano de forma crítica e bem humorada, falando desde contas a pagar e se estendendo até a estratégia para a criação de um filme pornográfico, de maneira ágil e esperta.

Com arranjos embasados na psicodelia dos anos 60 e 70, o vocalista mostra um bom número de nuances brasileiras e até mesmo a presença singela em alguns momentos da viola caipira. O mais atual trabalho do cantor penera com precisão o que ele e sua banda produziram de melhor em seis anos de carreira ativa e itinerante, mas agora contando com uma estrutura e técnica que vem se aprimorando, produto da vivência e experiência a cada pequeno em cada canto. O corte das longas madeixas, o aumento da melancolia apresentada em vocalizações graves e a mistura de sons da cidade mostram que o disco de 2012 desperta uma nostalgia agradável que conquista facilmente já nos primeiros acordes, num ataque sonoro certeiro a um ponto vulnerável de cada um: A boa lembrança.

A boa nova para Rafael é que os dez anos de percurso íngreme tiveram seu motivo e revelam cada vez mais um resultado positivo. O combustível de persistência que o fez seguir também o girou em seu próprio eixo, fez o reciclar-se a cada tentativa até alcançar o almejado e crescente número de olhares que agora para ele se voltam e apontam. - Monkeybuzz


"Dois lançamentos incríveis"

“Lembra?”, de Rafael Castro, é seu oitavo disco de carreira, mas o primeiro a ser prensado e distribuído na forma de CD.
O disco é uma viagem por vários estilos musicais viajandões. É como se Roberto Carlos se juntasse ao Pink Floyd para gravar umas músicas. Destaque para “Surdo Mudo”, excelente música. - Radio Oi FM


"Moleque maravilhoso"

A partir dos anos 70, ao estabelecer um severo pragmatismo, a indústria fonográfica passou a ignorar uma representativa leva de artistas. Tendo em comum o acentuado experimentalismo de seus trabalhos, Jards Macalé, Sérgio Sampaio, Tom Zé, Jorge Mautner, Walter Franco, Luiz Melodia, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé e outros tantos músicos foram denominados pela imprensa como “malditos”, sendo taxados de anticomerciais e, muitas vezes, vistos como excêntricos ou mesmo problemáticos para as gravadoras. Alguns, no intuito de dar continuidade às suas carreiras e não cair no ostracismo, tentaram se manter em um mercado alternativo ainda em formação. Décadas depois, já em meio a um cenário bem mais propício, uma geração de músicos independentes passou a ocupar um espaço inimaginável para os “malditos” de outrora. Influenciados muitas vezes por estes, Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Tulipa Ruiz, Anelis Assumpção, Andreia Dias, Tatá Aeroplano, Rafael Castro, Fernando Catatau, Trupe Chá de Boldo, entre outros, puseram em cheque antigos dogmas ao fugirem dos padrões de uma MPB institucionalizada.
Nascido em São Paulo e criado em Lençóis Paulista, a 280 km da capital, Rafael Castro representa como ninguém a atual cena independente brasileira. Compositor, produtor e multi-instrumentista, lançou, sozinho, nada menos que 10 trabalhos: “Fazendo Tricot” (2006), “40 dias em Hong Kong” (2007), “A Serenata do Capeta” (2007), “Combustão Espontânea” (2007), “Amor, Amor, Amor” (2008) “Maldito” (2008), “Raiz” (2009) e “O Estatuto do Tabagista” (2009), “RC canta RC” (2011) e “Lembra?” (2012). Gravados na casa de seus pais, Rafael disponibilizou gratuitamente os nove primeiros sem jamais tê-los lançado em formato físico. Em 2010, após comprar um gerador, partiu para a estrada ao lado de sua banda de apoio, Os Monumentais, para realizar uma série de apresentações gratuitas em locais abertos, na tentativa de criar um novo público e conquistar um espaço distinto do já habitual circuito de casas de shows. Conhecido por seu senso crítico e por suas canções politicamente incorretas e mordazes, Rafael, em seu mais recente álbum, “Lembra?”, reiterou parte de suas convicções, tomando para si todo o processo de produção e dando continuidade a sua verve de cronista em músicas como “Surdo-Mudo” e “A Menina Careca”. Como diferencial, investiu no lançamento físico do álbum, empenhando-se em sua divulgação e convocando alguns colegas de cena, como Leo Cavalcanti, Tulipa Ruiz e Pélico para colaborarem em algumas faixas.
Aproveitando a sua vinda ao Rio, onde gravou o programa “Experimente”, do canal a cabo Multishow, convidamos Rafael Castro para uma entrevista ao Banda Desenhada. Após a sessão de fotos no estúdio Fotonauta, o músico nos falou de suas músicas, processo de criação, carreira e a cena independente.
- Banda Desenhada


"Moleque maravilhoso"

A partir dos anos 70, ao estabelecer um severo pragmatismo, a indústria fonográfica passou a ignorar uma representativa leva de artistas. Tendo em comum o acentuado experimentalismo de seus trabalhos, Jards Macalé, Sérgio Sampaio, Tom Zé, Jorge Mautner, Walter Franco, Luiz Melodia, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé e outros tantos músicos foram denominados pela imprensa como “malditos”, sendo taxados de anticomerciais e, muitas vezes, vistos como excêntricos ou mesmo problemáticos para as gravadoras. Alguns, no intuito de dar continuidade às suas carreiras e não cair no ostracismo, tentaram se manter em um mercado alternativo ainda em formação. Décadas depois, já em meio a um cenário bem mais propício, uma geração de músicos independentes passou a ocupar um espaço inimaginável para os “malditos” de outrora. Influenciados muitas vezes por estes, Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Tulipa Ruiz, Anelis Assumpção, Andreia Dias, Tatá Aeroplano, Rafael Castro, Fernando Catatau, Trupe Chá de Boldo, entre outros, puseram em cheque antigos dogmas ao fugirem dos padrões de uma MPB institucionalizada.
Nascido em São Paulo e criado em Lençóis Paulista, a 280 km da capital, Rafael Castro representa como ninguém a atual cena independente brasileira. Compositor, produtor e multi-instrumentista, lançou, sozinho, nada menos que 10 trabalhos: “Fazendo Tricot” (2006), “40 dias em Hong Kong” (2007), “A Serenata do Capeta” (2007), “Combustão Espontânea” (2007), “Amor, Amor, Amor” (2008) “Maldito” (2008), “Raiz” (2009) e “O Estatuto do Tabagista” (2009), “RC canta RC” (2011) e “Lembra?” (2012). Gravados na casa de seus pais, Rafael disponibilizou gratuitamente os nove primeiros sem jamais tê-los lançado em formato físico. Em 2010, após comprar um gerador, partiu para a estrada ao lado de sua banda de apoio, Os Monumentais, para realizar uma série de apresentações gratuitas em locais abertos, na tentativa de criar um novo público e conquistar um espaço distinto do já habitual circuito de casas de shows. Conhecido por seu senso crítico e por suas canções politicamente incorretas e mordazes, Rafael, em seu mais recente álbum, “Lembra?”, reiterou parte de suas convicções, tomando para si todo o processo de produção e dando continuidade a sua verve de cronista em músicas como “Surdo-Mudo” e “A Menina Careca”. Como diferencial, investiu no lançamento físico do álbum, empenhando-se em sua divulgação e convocando alguns colegas de cena, como Leo Cavalcanti, Tulipa Ruiz e Pélico para colaborarem em algumas faixas.
Aproveitando a sua vinda ao Rio, onde gravou o programa “Experimente”, do canal a cabo Multishow, convidamos Rafael Castro para uma entrevista ao Banda Desenhada. Após a sessão de fotos no estúdio Fotonauta, o músico nos falou de suas músicas, processo de criação, carreira e a cena independente.
- Banda Desenhada


"Rafael Castro"

Empatia na primeira ouvida. Apesar do humor deveras atípico do compositor de Lençóis Paulista, Rafael Castro , Lembra? é o tipo de disco que conquista o ouvinte rapidamente. Suas referências populares e muito presentes nos proporcionam uma identificação quase que imediata com os gêneros apresentados. Bem tocado e bem produzido, promete balançar o esqueleto do velho marmanjo aos mais novos apreciadores, mantendo o vigor música após música sem cair em fórmulas baratas.
Mas alto lá! Está longe de ser um álbum de fácil digestão. Provocador, Castro tece suas críticas sociais engenhosamente em versos nada óbvios. Sua língua ferina perfura tabus com estocadas sequenciais, criando um magnetismo cada vez mais tenso e intenso entre música e ouvinte. O cara escreveu isso mesmo?
Em Surdo Mudo, frases como 'Eu fico olhando aquele mudo surdo pensando em como é atrofiada aquela língua sem fonemas' e 'não ouvirá uma canção no rádio que fale de amor ou de tristeza', ambientadas por um pesado riff de guitarra e uma pulsão marcante na bateria, nos fazem refletir sem grandes pesares e porquês, e acabamos nos divertindo com a ambiguidade e a acidez de sua escrita. Afinal de contas, como é não poder ouvir uma canção?
Ah, É. Ah, Tá, chega rasgando na pista com o bom e velho rock 'n roll, riffs e timbres de época, e um sarcasmo bem apropriado para os vocais distorcidos.
Em Lixo, minha preferida, somos pegos por uma irônica tragédia paulistana que assistimos diariamente nas ruas e simplesmente não enxergamos. A forma como ele conduz a melodia reforça o conteúdo crítico de sua letra, através de um estranhamento inquietante e uma minuciosa escolha de palavras. Uma canção romântica que encerra sua narrativa brilhantemente em 'quero o melhor para ti, sim / lixo é o fim, meu bebê': o cara é foda!
Se você estava esperando resolver seus presentes de Natal com este lançamento, muito cuidado nessa hora, marinheiros de primeira viagem podem se surpreender com suas letras ambíguas e ácidas. Mas posso garantir que não vai passar batido.
Dudu Tsuda - Yahoo Brasil


"Rafael Castro mostra em novo disco que está longe do lugar comum"

Eu conheci o som de Rafael Castro quando o MySpace era o melhor canal de música da rede, mas como o tempo virtual é mais rápido que a realidade, o Myspace deixou de ser o lugar certo para conhecer novos artistas. Mas Rafael Castro não ficou preso no site e muito menos num estilo musical.
A jóia acabou de lançar 'Lembra?' seu oitavo disco, e primeiro que chega em forma de CD. Todos os outros foram lançados virtualmente, e se você não conhece esse cara, minha jóia, te digo uma frase de Gilberto Gil: "Procure saber"!
Rafael Castro gravou 'Lembra?' sozinho, tocando todos os instrumentos, ainda produziu e mixou essa bolacha que tem uma pegada muito particular. Ouvindo o disco, eu fui guiado para várias referências... Tropicália, Jovem Guarda, funk 70 e muito experimentalismo. Mas não dá pra dizer que Rafael Castro apenas mistura tudo isso. Ele faz mais, e cria uma identidade própria que despeja em nossos ouvidos o que há de mais interessante nessa safra da música brasileira.
- MTV Brasil


"Rafael Castro"

Porque não basta fazer sua música. É preciso ir um pouco além para entregar um tanto de sí através de sua arte. Não vamos dizer que Rafael Castro faz rock, simplesmente. Seria muito pouco para uma identidade que vai além do som. Sua música é um retrato cheio de novas estórias.

Com apenas 26 anos, Rafael Castro acaba de apresentar o seu novo (e oitavo) disco totalmente autoral, “Lembra?”. Este com um ar especial. É o seu primeiro disco que ganhará uma versão física após uma seqüência criativa inteiramente distribuída nas redes (e você pode baixar toda a discografia em seu site). Sua base setentista confirma sua identidade inspiracional, mas não define o tempo da sua música. Plural, o jovem de Lençois Paulista, interior de São Paulo, é compositor, cantor, produtor e o multi-instrumentista que tocou e gravou todos os instrumentos percebidos neste álbum. Tudo em um estúdio próprio lá no interior! Uma imersão honesta e louvável do criador em sou obra. Inegável.
Ele nos abraça com o impecável acabamento de sua melodias e a delicada agressão precisa de suas crônicas cotidianas nos catapultando para suas reflexões particulares e urbanas que, hora são cômicas, hora são melancólicas. Um desequilíbrio necessário para o que chamamos de música da vida real, aquela dos retratos, dos momentos, das pessoas.

Sem me esquecer… “Lembra?” O disco traz participações bem especiais de Tulipa Ruiz, Leo Cavalcanti, Pélico, Christian Camilo e Mauricio Pereira.

Lembra? Bons discos são sempre inesquecíveis. E esse pode ser o próximo inesquecível. - Musicoteca


"O Terno, Rafael Castro e Tatá Aeroplano injetam fôlego e graça na cena roqueira brasileira"

Rafael Castro lança em setembro “Lembra?”, seu primeiro álbum oficial após oito (!) independentes — gravados em casa e disparados na web (rafaelcastro.com.br). Em “Lembra?”, ele assina a produção, cada instrumento e as composições, entoadas por um barítono que entorta melodias que unem Jards Macalé, Raul Seixas e Roberto Carlos. É do verso, contudo, que explode seu inusitado despudor. Rafael corre riscos e passa ileso, arrancando risos ao abordar o câncer em “A menina careca”, sem soar agressivo ou leviano em trechos como “Pensou em disfarçar, pensou em peruca/ Mas o problema é bem mais sério, bem mais”, ou ainda: “Ela ainda pega quem inventou esse câncer/ E enche de paulada, cospe na cara”.
— Quando comecei a compor, buscava algo belo, mas não ficava bom. Depois, fui para o drama, mas pesava demais. Foi aí que o humor surgiu, para impregnar o drama de beleza. O humor é a balança que equilibra a coisa.
O compositor navega por outros temas-tabu, como a vida dos catadores de lixo, em “Lixo”, mira sua escopeta contra a indústria da pornografia “Pra vender mais, agradar mais, se falar mais” e chega ao ápice num libelo contra a passividade de um tipo batizado “Surdo-mudo”: “Eu fico olhando aquele mudo-surdo/ Pensando em como é atrofiada/ Aquela língua sem fonemas”; e arremata: “Um surdo-mudo não incomoda ninguém/ É sempre despercebido!”
- O Globo


"O Terno, Rafael Castro e Tatá Aeroplano injetam fôlego e graça na cena roqueira brasileira"

Rafael Castro lança em setembro “Lembra?”, seu primeiro álbum oficial após oito (!) independentes — gravados em casa e disparados na web (rafaelcastro.com.br). Em “Lembra?”, ele assina a produção, cada instrumento e as composições, entoadas por um barítono que entorta melodias que unem Jards Macalé, Raul Seixas e Roberto Carlos. É do verso, contudo, que explode seu inusitado despudor. Rafael corre riscos e passa ileso, arrancando risos ao abordar o câncer em “A menina careca”, sem soar agressivo ou leviano em trechos como “Pensou em disfarçar, pensou em peruca/ Mas o problema é bem mais sério, bem mais”, ou ainda: “Ela ainda pega quem inventou esse câncer/ E enche de paulada, cospe na cara”.
— Quando comecei a compor, buscava algo belo, mas não ficava bom. Depois, fui para o drama, mas pesava demais. Foi aí que o humor surgiu, para impregnar o drama de beleza. O humor é a balança que equilibra a coisa.
O compositor navega por outros temas-tabu, como a vida dos catadores de lixo, em “Lixo”, mira sua escopeta contra a indústria da pornografia “Pra vender mais, agradar mais, se falar mais” e chega ao ápice num libelo contra a passividade de um tipo batizado “Surdo-mudo”: “Eu fico olhando aquele mudo-surdo/ Pensando em como é atrofiada/ Aquela língua sem fonemas”; e arremata: “Um surdo-mudo não incomoda ninguém/ É sempre despercebido!”
- O Globo


"PUNK CAIPIRA"

Rafael Castro, 26 anos, cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor e uma produção digna de uma banda com anos e anos de estrada. Com influências setentistas, letras debochadas e guitarras poderosas, produziu, gravou e distribuiu oito discos autorais gratuitamente na internet. Agora ele lança seu primeiro álbum em suporte físico, Lembra? - que já está disponível para download gratuito em seu site, com participações especiais de Maurício Pereira, Pélico e Tulipa Ruiz.

Em entrevista ao site da Trip em abril deste ano, ele explicou o porquê de lançar um trabalho em CD depois de tantos álbuns que ficaram apenas no virtual: "Tem um nicho do mercado, especialmente da crítica, que acaba exigindo que você tenha um CD físico. Acho que houve uma explosão tão grande do disco virtual que ficou complicado separar o joio do trigo. São muitos e muitos discos virtuais saindo todos os dias, saca? E parece que quem faz o disco físico hoje oficializa o lançamento. E a mídia em geral leva mais a sério quando tem um CDzinho."

A produção de oito discos em apenas seis anos surpreende, especialmente porque Rafael gravou sozinho todos eles. Ele conta como começou o gosto pela música: "Juventude em Lençóis, nada pra fazer, aí a diversão maior era fazer um som e gravar. Antes eu nem banda tinha. São quatro plays só de zoeira, sem show e sem banda. Aí eu e meus amigos começamos a pegar gosto pelo som e decidimos montar uma banda pra tocar efetivamente. Começou a ficar mais sério. Por isso que deu até uma caída no volume de lançamentos. Não é mais aquele ritmo frenético. Agora temos que tocar, arrumar show e encarar uma burocracia." Mas mesmo já tendo a banda Os Monumentais (Filipe Franco na guitarra, Fabiano Boldo no baixo e Ítalo Ribeiro na bateria), que o acompanha nos shows que faz em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e diversas cidades do interior do Sul e Sudeste, o novo disco foi gravado da mesma maneira que os anteriores: questão de tradição.
Conhecido especialmente pelas letras engraçadas, sarcásticas, em seu novo trabalho teve o cuidado de dosar o humor para dar lugar a uma lírica mais sóbria, e fugir de um possível rótulo de artista engraçadinho: "Quando você tem um trabalho muito variado entre humor e canções mais sérias, tudo isso acaba caindo no saco da brincadeira. Parece que não dá pra emocionar juntando as duas coisas. O novo disco recupera um pouco o humor, mas a tendência é partir para uma parada mais séria. É perigoso continuar nessa e é uma coisa que eu não quero."
Sobre o novo disco, Lembra? , "É um disco que, pela primeira vez, ficou concentrado do lado monstruoso. São vários monstros em cada música [risos]. Ele é mais pesado liricamente. As letras vão para um lado mais de melancolia e questionamento individual. Vai ser um trabalho bem interessante para executar ao vivo. Eu imagino que ele seja de difícil digestão em um primeiro momento. É um pouco complicado e com temas mais escuros." - Revista Trip


Discography

Lembra? (2012)
RC Canta RC - EP (2011)
O Estatuto do Tabagista - Album (2009)
Raiz - Album (2009)
Maldito - Album (2008)
Amor, Amor, Amor - Album -(2008)
Combustão Espontânea - Album (2007)
A Serenata do Capeta - EP (2007)
40 Dias em Hong Kong - Album (2007)
Fazendo Tricot - Album (2006)

Photos

Bio

Born in 1985, he started his musical studies on the piano as a small kid, and has been composing since then. He has recorded 7 albums, 2 EPs and 4 music videos that play in Brazilian MTV. Since his first album, back in 2006, he kicked up an endless Brazilian tour (Dylan-style, you may say), playing gigs all over the country’s most important cities. He was selected for a couple of important compilation albums: “New Sounds Of São Paulo” 2011 by Sounds And Color (UK) and "Dossier Ciudad Y Cultura (XIV): São Paulo" by the magazine Zona de Obras (Spain). He has been consistently featured on the Caipirinha Appreciation Society music show, aired by University of London’s SOAS Radio.