Toninho Ferragutti & Bebê Kramer

From Brazil come the accordionists Toninho Ferragutti and Bebe Kramer, who presented a very sophisticated survey of dances styles, wonderfully elegant and at the same time irresistibly rhythmic. - Womadelaide - Sunday (March, 2012)

“Toninho's creative voice is simply divine - melodically, rhythmically and harmonically. I heard him in Brazil and immediately wanted him to play with my own group. Subsequently, my whole orchestra has fallen in love as he's offered such a spirited and personal sound to the music. Tom's a deeply gifted and creative soul.” Maria Schneider

"Toninho brings in his accordion the synthesis of all great Brazilian accordionists and at the same time, is a singular player with his own personality and his unique sound, which practically reinvented the
instrument. He is also an excellent composer, at the height of the player. His latest album "Nem Sol Nem Lua," released recently, is the proof of that and, in my opinion, is one of the best records in this prodigal year in excellent releases. In addition to his solo career, Toninho has illuminated the CDs of many artists with his accordion.” Turíbio Santos

"The history of Toninho is noteworthy and the public needs to know his work." Sivuca

"He's one of the best accordionists of today." Dominguinhos

"He's the popular accordionist that was missing." Oswaldinho do Acordeon

"Toninho is one of the best accordionists of the world, because not only he plays well but also has a very good taste. He plays different styles without prejudice. What he wants is to play well.” Hermeto Paschoal

"Disputed almost by slaps by all artists, Toninho is the most important name of modern Brazilian accordion. He is an improvisator of amazing fluency, and as a songwriter, manages an incredible sophistication from simple ideas." Nelson Ayres

“And Toninho, in Nem Sol, nem Lua, shows unusual sensibility in wonderful compositions and interpretations." Rafael Fernandes – Cultural Digestive

"Toninho reveals with his instrument the soul that identifies him. He celebrates in the accordion the expression of what he feels and turns this feelings into sounds with clear meaning, like the words.
Virtuous musician, he conceives modern harmonies to his compositions. A beautiful tribute to the accordion. " Aquiles Reis - Column of Aquiles - Maria Schneider, Dominguinhos, Hermeto Paschoal

Toninho Ferragutti, a sanfona urbana
Lia Machado Alvim | 27.11.2011

Toninho Ferragutti encontrou outro sanfoneiro para formar um duo: Bebê Kramer.

Cada um pende o instrumento para um lado e dá tudo certo, no palco e no estúdio.

A música tem todas as influências que o Brasil pode oferecer: da sonoridade sulina - Bebê Kramer é gaúcho, da cidade de Vacaria, e Toninho Ferragutti, paulista de Socorro. Ambos já andaram por todos os lugares onde se toca a sanfona, ou o acordeom, ou a gaita-ponto. Tanto faz o nome, o instrumento é um só.

“Como manda o figurino” é o CD que une os dois músicos, lançado pouco tempo depois de se conhecerem em um evento de duetos no Rio de Janeiro, a Mostra Reflexos. Depois da gravação com repertório autoral, eles partiram para uma turnê do projeto Sonora Brasil, do Sesc e tocaram juntos em 54 cidades brasileiras.

Ferragutti é o entrevistado desta edição do Todos os Sons e conta como se deu o encontro, a afinidade à primeira música tocada juntos. Comenta, ainda todos seus outros trabalhos realizados nos últimos 20 anos.

Seus lançamentos-solo são comentados e tocados no programa: “Oferenda”, seu disco com o maestro e saxofonista Roberto Sion; “Sanfonemas”, CD com participações de Rodolfo Stroeter, Guello, Proveta, Edmilson Capelupi, Zezinho Pitoco, Vinicius Dorin e Paulo Oliveira; e “Nem sol nem lua”, álbum em que está acompanhado de um grupo de cordas e percussão.
Como um bom sanfoneiro, Toninho Ferragutti comemora a música que toca. - Rádio Cultura Brasil (Jan 2011)

Sugestões Bravo! para ver e ouvir
CD

O fole em outra dimensão

Como Manda o Figurino

Toninho Ferragutti e Bebê Kramer
Borandá

Talento duplo. Ferragutti e Kramer vão do onírico ao arrasta-pé

Atado ao regionalismo nordestino pela explosão do baião em meados do século passado e o repique do forró décadas depois, o acordeom quase foi revogado pelo violão intimista da bossa e a legião da guitarra urbana da Jovem Guarda e do rock. Mas o pesado instrumento de teclados, fole e botões aos poucos ressurge em outra dimensão e amplia latitudes. É o que atesta a dupla de acordeonistas formada pelo paulista de Socorro Toninho Feragutti e o gaúcho de Vacaria Bebê Kramer, no roteiro diversificado do CD autoral Como Manda o Figurino. De início, eles rendem um tributo ao principal difusor do instrumento,
o pernambucano Luiz Gonzaga (1912-1989), na suíte de mais de oito minutos Na Sombra da Asa Branca (de Ferragutti), viagem repleta de acidentes e atalhos pelo modalismo nordestino.

A veia pampeira fronteiriça de Kramer pulsa, em seguida, em sua sinuosa e contrapontística Caminante. E logo uma torrente de referências e influências assoma às outras faixas, como o clima portenho descortinado no Choro da Madrugada. E o lirismo linha Dominguinhos do depurado Choro Esperança, invadido por tons nostálgicos e seresteiros, adiante, em Mestre Paulo. Chamado de gaita no Sul e sanfona no Nordeste, o fole resfolega com ímpeto dançarino para quem quiser arrastar alpercatas no Forró Classudo. Percorre onírico os arabescos de Negra e exige ouvidos atentos ao minimalismo contrarritmado da metafórica Pano pra Manga, nesse curioso enclave de arrasta-pé e concerto de câmara para dois acordeons solitários e virtuosos. – Tárik de Souza - Carta Capital, Jan. 2011