Vaga Luz

A banda Vaga Luz surgiu em 2012 inspiradas em grandes nomes do rock brasileiro e de lá pra cá trabalhou em EPs e singles que lhe garantiram espaço no projeto Converse Rubber Tracks, etapa de Belo Horizonte.

Lá, o grupo produziu um single que leva seu nome e agora, com exclusividade, o TMDQA! traz a estreia de um vídeo feito para mostrar tanto a canção quanto os bastidores do registro no projeto.

Assista logo abaixo. - Tenho mais discos que amigos

Vaga Luz corre na frente na leva de novidades belorizontinas deste primeiro semestre. Até junho, deve chegar a estreia cheia do quarteto, que já lançou um EP e alguns singles desde 2013. No ano passado, o grupo deu uma guinada em seu som com o projeto Rubber Tracks, da Converse, que leva bandas independentes para tocar com estrutura profissional e comandadas por produtores com experiência na área.

O resultado das sessions do grupo mineiro foi a música batizada justamente de “Vaga Luz”. A gravação rolou no fim de 2014 no estúdio Minério de Ferro e foi produiza por Augusto Nogueira e Jean Dolabella. Na faixa, Lucas Almeida, André Carvalho, Bruno Bontempo e Gabriel Correa contaram com participação especial de Jota Max e seu trombone, com notas ao mesmo tempo melancólicas e aconchegantes.

O single, puxado ainda por belas passagens barulhentas no meio de versos de calmaria, ganha estreia exclusiva hoje, pelo Move. Aproveitamos o lançamento para bater um papo com Lucas Almeida, vocalista da Vaga Luz. Ouça a nova canção da banda (com download gratuito) e leia a entrevista logo abaixo.

Pra quem ainda não conhece a Vaga Luz, como vocês descreveriam o som da banda?
Por sermos quatro roqueiros, a base é o rock, mas por cantarmos em português, tivemos a necessidade de expandir um pouco nosso estilo para que a letra em português se encaixasse melhor com as melodias e não soasse igual filme dublado ao ser cantada com guitarras distorcidas. O reflexo disso é um som com ska, que passa pelo baião e que termina no indie rock. Pode ser que a gente toque um samba no próximo disco, seguido de algo country – por que não?

Quais são as principais influências de vocês?
Para compor as letras, são artistas como Arnaldo Antunes, Herbert Viana, Geraldo Azevedo, Samuel Rosa e Marcelo Camelo. Mas na banda há quem curta Modest Mouse, Dave Matthews Band, Lettuce, Rival Sons e Charlie Parker.

O que mudou dentro do grupo desde a gravação do EP de estreia até o lançamento do primeiro disco cheio, previsto pra chegar em junho?
Antes éramos um trio, agora somos um quarteto – adicionamos mais uma guitarra. Além disso, o baterista mudou, e isso diferencia muito a pegada de uma banda. Com o lançamento do nosso primeiro single, “Pátria Amada”, já com o Gabriel Corrêa (bateria) e com o Bruno Bontempo (guitarra), algumas portas foram abertas e tivemos a oportunidade de tocar em importantes casas de shows em Belo Horizonte. Isso contribuiu para nossa postura no palco e até na forma de compor as novas músicas para o CD.

Qual foi a melhor experiência e/ou aprendizado ao gravar no projeto Rubber Tracks?
Acho que, como banda independente, adiantamos alguns anos nessa caminhada ao gravar uma musica num estúdio com a infraestrutura do Minério de Ferro. Não é todo dia que você vai gravar uma música e tem o Jean Dolabella passando o som da bateria e o Augusto Nogueira, um dos melhores guitarristas do Brasil, ajustando o timbre da sua guitarra e do seu violão. É algo que vamos levar como referência por alguns bons anos pela frente, principalmente quando estivermos dentro de um estúdio.

O trombone dá uma sonoridade especial ao novo single. No álbum, vocês têm intenção de incluir mais arranjos de metais?
Sim, com certeza. A gente brinca que tem a música “AT/DT” (antes do trombone e depois do trombone). Já quase desistimos de algumas faixas e a inclusão do trombone salvou no gongo. Optamos só pelo trombone e acho que é o que nos difere de outras bandas que optam por um trio de metais, por exemplo. O Jota Max, nosso trombonista, tem um papel muito importante na criação das melodias. Deixamos ele livre para improvisar e isso enriquece a música, principalmente nos shows.

Quais são os principais nomes dessa nova cena mineira nos quais os leitores do Move deveriam ficar de olho?
Tá rolando o instrumental fino e dançante do Pequeno Céu; tá rolando o rock cantado em bom português da Devise e dos Ledjembergs; tá rolando também a psicodelia indie/noise do Câmera. E tem ainda o hard rock da banda Santa Dose. A cena tá massa por aqui – tem até casa nova pra abrigar toda essa galera: A Autêntica. - Move that jukebox